O aumento dos preços de alguns produtos como frutas e
verduras vendidos na Nova Ceasa do Piauí, na Zona Sul de Teresina, não é consequência
da pandemia da Covid-19. Segundo permissionários ouvidos pelo PortalODia.com nesta
quinta-feira (12), a variação de preços acontece devido à safra, entressafras e
ainda por causa de condições climáticas.

Fotos: Assis Fernandes/ODIA
O permissionário Reginaldo Bento, de 48 anos, explica que a entressafra
é o período intermediário entre uma safra e outra. Segundo ele, esse é um dos
principais fatores que afeta diretamente a oferta desses produtos.
“O aumento do preço não tem relação com a pandemia da
Covid-19. O aumento do preço de verduras, frutas e legumes está ligado diretamente
a questão da entressafra e safra. É aquele negócio da oferta e demanda. Quando
está no tempo da safra de qualquer produto – vai ter muito – e preço vai pode
ficar baixo. Na entressafra, por ter pouco produto à disposição, ele ficará
caro apesar de muitas das vezes a procura ser a mesma”, disse.
Por outro lado, Reginaldo, que há 31 anos trabalha no local,
revelou que a pandemia fez com que alguns clientes deixassem de comprar com
medo de contrair o vírus.
“Muitas pessoas perderam o emprego e outras ficaram em casa
com medo de pegar o vírus mesmo a gente seguindo todos os protocolos. Isso
aconteceu no início da pandemia, mas com a vacinação as pessoas estão mais encorajadas
a sair de casa e isso é bom para todo mundo”, completa.

Foto: Assis Fernandes/ODIA
Desde de adolescente, Eduardo Vinicius, de 20 anos, tira da
venda de frutas o sustento da família no local. Ele também comentou a alta no
preço dos produtos.
“No mês passado, o quilo do limão estava custando R$ 2.
Agora, está R$ 4 depois que diminuiu a safra. Assim como vários outros
permissionários, eu comecei aqui na adolescência com influência de outras pessoas
e, daqui, tiro meu sustento. A pandemia diminuiu um pouco o movimento, mas agora
ele voltou a crescer”, resumiu.
Quem saiu feliz e de sacolas cheias foi a empresária Alceli
Silva, de 33 anos, que informou que encontrou boas promoções no local. “Eu tenho
um mercadinho e sempre fui de pesquisar bastante os preços, principalmente com
essa onda de aumento que atingiu todos os setores. Os valores aqui são bem mais
acessíveis, e por isso eu aproveito já que também tenho alguns fornecedores.
Fiz a feira da semana”, disse.
Com investimento de mais de R$ 15 milhões, a Nova Ceasa comercializa
frutas, verduras, legumes, folhosas e tubérculos. Atualmente, são 700 lojistas
nos mais diferentes ramos que juntos geraram mais de 16 mil empregos. Segundo a
direção, 35 mil toneladas de alimentos são comercializadas por mês e cerca de 15
mil pessoas passam pelo local diariamente.
“Além disso, temos projetos de expansão como a nova portaria
além de melhorias nas antigas estruturas da Ceasa. Teremos ainda ampliação no mercado
varejista com 62 novos espaços, melhoria na sinalização horizontal e vertical e
ainda a criação de 200 vagas de estacionamento pensando em transformar a Nova
Ceasa no maior centro de negócios do Piauí. Uma feira da fruticultura deve
ocorrer no final do ano”, finaliza.
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