Se a vacinação contra a Covid-19 segue marcha lenta por todo o país, Teresina pisa ainda
menos no acelerador. Um levantamento realizado pelo Portal O Dia.com nesta
terça-feira (10) mostra que a capital piauiense, que atualmente imuniza pessoas
a partir dos 35 anos, está em último lugar em termos de faixa etária para
vacinação de 1º dose entre as capitais do Nordeste. Em São Luís no Maranhão,
por exemplo, adolescentes de 13 anos já podem ser imunizados.
Foto: Assis Fernandes/ODIA
Os dados foram checados com informações divulgadas pelas prefeituras em redes sociais. Além disso, os números são atualizados todos os dias, conforme a chegada de novas doses aos municípios e não levam em consideração a aplicação da segunda dose – nos casos que precisam de reforço para completar o esquema vacinal.
Até a manhã desta terça-feira, Teresina ocupa a nona posição. São Luís é a capital mais acelerada. Segundo a prefeitura, adolescentes de 13 anos já podem ser vacinados. Em seguida, aparecem Aracaju, Maceió e Recife com primeira dose para pessoas com 23, Maceió com 25, Fortaleza, Salvador e João Pessoa com 26 anos e Natal com 27.
Vacinação por faixa etária nas capitais nordestinas:
São Luís – 13 anos
Recife, Aracaju e Maceió – 23 anos
Fortaleza, João Pessoa e Salvador – 26 anos
Natal – 27 anos
Teresina – 35 anos
Procurada pela reportagem, a Fundação Municipal de Saúde (FMS) informou que na semana passada enviou um novo ofício ao Ministério da Saúde reiterando o pedido de doses extras da vacina contra a Covid-19 para Teresina. A justificativa mais uma vez é que o quantitativo de doses destinados atualmente para a capital é insuficiente para a demanda, o que impede o avanço da campanha de vacinação em Teresina.
A FMS disse ainda que a solicitação leva em consideração o status de Teresina como referência para o atendimento de média e alta complexidade para os demais municípios do Piauí e dos estados vizinhos, Maranhão, Pará e Tocantins.
“Existe a necessidade da realização de uma imunização em massa nesta capital, em decorrência da elevada circulação de pessoas oriundas do Maranhão, especialmente munícipes de São Luís e cidades vizinhas e que fazem fronteira com o estado”, diz o presidente da FMS, Gilberto Alburquerque.