O excesso de velocidade foi a infração mais cometida pelos teresinenses de janeiro a agosto deste ano, segundo os dados da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans). No período, o ranking de autuações mais cometidas mostra que “transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%” representou 44,38% do número de multas aplicadas pelo órgão. Mais que números, as estatísticas alarmantes impactam a vida das pessoas.
É esse o alerta que tenta fazer
o gerente de Operação e Fiscalização da Strans, Denis Lima, ao
explicar as intervenções feitas na
Capital no sentido de combater
a imprudência dos condutores.
“Na Diretoria de Trânsito, através
da engenharia de tráfego, temos
nossa sessão de acidente de trânsito, que serve para ter o levantamento de acidentes na cidade, ou
seja, entender a causa e o porquê
aqueles acidentes estão acontecendo. A partir daí, conseguimos
implementar várias ações”, ressalta.
(Foto: Assis Fernandes/ODia)
Este ano, por exemplo, foi implementado o Projeto Esquina Segura, que tem o objetivo de Continuação da capa Excesso de velocidade é a infração mais cometida em Teresina Devido às ocorrências, avenidas, como a Raul Lopes, sofreram redução da velocidade máxima permitida Segundo a Strans, “transitar em velocidade superior à máxima permitida em até 20%” representou 44,38% do número de multas aplicadas pelo órgão este ano reduzir a quantidade de colisões nas esquinas da Capital. “Percebemos que os acidentes que acontecem nesses lugares também se devem ao fato do condutor exceder a velocidade e não obedecer à sinalização. Por isso, estão sendo feitos reforços nos cruzamentos que identificamos recorrência nos acidentes para tentar preveni-los”, destaca Denis.
Outra medida é adotar a redução da velocidade das avenidas,
que deixaram de ter o limite máximo de 70km/h para 60km/h.
Avenida Raul Lopes, Marechal
Castelo Branco, Lindolfo Monteiro e Visconde da Parnaíba foram algumas das vias que passaram pela intervenção.
“Também temos sensores que
captam avanço de sinal vermelho
nos sinais e a velocidade. Ainda
contamos com os sensores estáticos colocados nas avenidas que há
problemas de velocidade, como
a Maranhão, que são operados
por uma empresa terceirizada, e
temos os radares portáteis, que
são operados por nós da Strans.
Quanto mais fiscalização, melhor
para o cidadão, porque isso é o
que dá segurança para fazer com
que as pessoas obedeçam a lei e
com que previnamos os graves
acidentes”, reforça Denis.
O desempenho dos radares
foi objeto de análise na Grã-
-Bretanha pela London School of
Economics, uma das mais sérias
instituições acadêmicas do mundo. O estudo constatou que equipamentos fizeram os acidentes
diminuir em 17% a 39% nos 500
metros à frente do local das câmeras. Do mesmo modo, as mortes diminuíram em 58% a 68%.
Os resultados, coletados de 1992
a 2016, referem-se às ocorrências
antes e depois da instalação de
2,5 mil dispositivos da Inglaterra,
da Escócia e do País de Gales