Na manhã desta quinta-feira (17), o teresinense que levantou cedo pode ver mais uma vez um fenômeno climático que acontece em todo o período chuvoso, mas que neste ano tem sido bem mais comum: a neblina. De acordo com a climatologia, as névoas geralmente só acontecem no início ou no término de uma estação chuvosa. No entanto, a atipicidade notada em 2022 é que o fenômeno tem sido registrado em quase todas as semanas do período do inverno.
O Portal O Dia foi conversar com o climatologista Werton Costa, que explicou que as neblinas que o teresinense tem visto com mais frequência, são um tipo especial de precipitação, que recebe também o nome de cerração, garoa, névoa ou nevoeiro.
Neblina encobre manhãs da capital tem sido mais frequente neste ano (Foto: Ithyara Borges / O Dia)
“A causa está vinculada ao mesmo fenômeno que provocam a formação de nuvens no céu. Trata-se da condensação de vapores de água. Em condições normais, o vapor d’água é invisível aos olhos humanos, porque as pequenas moléculas de água estão afastadas. Mas devido a mudanças de temperatura e pressão, essas moléculas se aglutinam para formar minúsculas gotas d’água, ocorrendo a condensação. É assim que se formam as nuvens”, explica Werton Costa.
Fenômeno tem sido bem mais comum no período chuvoso deste ano, diz Werton (Foto: Jailson Soares / O Dia)
O especialista ressalta que quando esse fenômeno acontece próximo ao solo, é aí que surge a neblina. “É um fenômeno superficial, porque há um aumento de concentração do vapor d’água durante o dia. Porém na madrugada, a superfície fica muito úmida em algumas épocas do ano. Essa condição mais fria faz com que o vapor, que é invisível aos olhos, fique visível. É isso que forma a neblina”, complementa.
Neblina encobre manhãs de Teresina (Foto: Reprodução/RedesSociais)
“No entanto, a atipicidade que tem sido notada neste ano é que o fenômeno tem sido bem comum, sendo registrado em quase todas as semanas do período do inverno”, confirmou. Intrigando os especialistas e mudando a paisagem das manhãs da capital.