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Pombos e urubus sobrevoando a região da Rua Fernando Marquês, no Morro da Esperança, é algo rotineiro. Assim como também é rotineiro as pessoas jogarem lixo no cruzamento com a Rua Amazonas e com a Alameda Parnaíba. Mesmo com a placa sinalizando que é proibido o descarte de resíduo doméstico no local, a população insiste em usar o espaço como um pequeno lixão improvisado. Quem mora na região diz que pessoas de fora aproveitam que a rua não tem casas para fazer da calçada uma verdadeira lixeira a céu aberto.
São embalagens de alimentos, chinelos, roupas rasgadas, restos de comida e até mesmo dejetos humanos no caminho de quem passa pela Rua Fernando Marquês diariamente. Esta não é a primeira vez que a reportagem do Portalodia.com visita o local. Em agosto de 2024, o mesmo espaço estava totalmente bloqueado pelo lixo, tornando impossível o trânsito de pessoas e veículos, como mostra a imagem abaixo.
Oito meses depois, a situação é um pouco diferente, mas não tanto assim. Há quem ainda insista em descartar seu lixo no local, apesar de a Prefeitura ter sinalizado que ali não é lixão nem aterro. Silviana Carine, 39 anos, mora no Morro da Esperança e costuma fazer o trajeto diariamente para deixar o filho pequeno na escola. Ela comenta que, agora, ao menos consegue passar pela Rua Fernando Marquês. Mas o mau-cheiro causado pelo lixo jogado ainda incomoda.
“É horrível, porque junta bicho e mau-cheiro que fica ninguém aguenta. O pessoal do Exército colocou até umas barreiras ali na frente para bloquear quem vem de carroça e carro deixar lixo aqui, mas não adianta nada, porque eles vêm pelo outro lado. A gente que mora aqui não joga, porque sabemos que passa carro do lixo toda semana. Mas tem gente que vem de fora e chega é com o carro cheio de coisa”, relata Silviana.
Ela cobra mais fiscalização por parte do poder público para o descarte de lixo no local e diz que só a limpeza regular não é suficiente. “Não fiscalizam. Não tem nem como a pessoa ficar com medo de jogar lixo aqui, porque ela sabe que não vai ser punida nunca. Já colocaram placa e tudo, mas mesmo assim o pessoal insiste. Tem que fiscalizar”, cobra a moradora do Morro da Esperança.
Outra que também reclama dos transtornos do lixo e cobra mais ação por parte do poder público é dona Cristiane Maria. Também moradora do Morro da Esperança, ela diz que levar e pegar o filho na escola era um desafio, por conta da via bloqueada. Mas agora que a Rua Fernando Marquês está mais limpa, o problema é circular pelo local com o mau-cheiro e a sujeira.
“Eu moro aqui desde que nasci e cresci vendo esse problema. Começou quando colocaram um container de lixo, aí foram jogando mais coisa e acabou acumulando e virando o rio de lixo. Aqui hoje está é pouco, porque vieram limpar esses dias, mas os carros param e deixam lixo é aos montes para a Prefeitura recolher. E quando ela demora a vir, sobra para a gente aguentar o fedor e a sujeira. Só anda suja essa região”, desabafa Cristiane.
A reportagem do Portalodia.com procurou a Superintendência de Desenvolvimento Urbano Centro (SDU Centro), que informou que a limpeza no local é feita diariamente. O órgão destacou que o trecho entre a Rua Amazonas e Alameda Parnaíba é constantemente usado pela população como local de descarte irregular de lixo, mesmo havendo sinalização proibitiva.
A área, segundo a SDU Centro, é considerada ponto de transbordo “onde infelizmente moradores e comerciantes insistem em depositar resíduos fora do horário e das normas estabelecidas para coleta urbana”. A Superintendência acrescentou que toda a praça no entorno passou por manutenção recente, com remoção de lixo, capina e varrição, mas ainda assim o acúmulo persiste devido ao comportamento inadequado de parte da população.
A SDU Centro reforçou o pedido de colaboração da comunidade, lembrando que manter a cidade limpa é uma responsabilidade de todos. Em caso de denúncias, sugestões ou informações, os cidadãos podem entrar em contato pelo número Ouvidoria no (86) 99470-8398.
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