A gasolina comum em Teresina
continua sendo comercializada a R$ 7,30 mesmo após a fiscalização do Programa
Estadual de Proteção de Defesa do Consumidor (Procon) na semana passada. Segundo
o órgão estadual, 12 postos de combustíveis foram autuados por reajuste
irregular nos preços.
Os trabalhos foram realizados sob
supervisão do chefe da Secretaria de Fiscalização do Procon, Arimatéa Marques. Em
entrevista ao Portal O Dia.com nesta quinta-feira (03), ele disse que o órgão
está realizando um levantamento para determinar novas ações na Capital.

Foto: Arquivo/ODIA
“Em relação as fiscalizações, 12
postos foram autuados. Foram fiscalizados postos em todas as regiões de
Teresina. Estamos concluindo um levantamento para discutir com o coordenador do
Procon Estadual, Nivaldo Ribeiro, que determinou as ações, já que os preços
ainda não baixaram”, disse.
Arimatéia informou ainda que o
órgão fará uma reunião com o presidente do Sindicato dos donos
de Postos de Combustíveis do Piauí, Alexandre Valença, para discutir
o assunto. A ideia é criar um pacto com os donos de postos para reduzir o valor
da gasolina. “Tudo ainda será definido na reunião, mas a ideia é reduzir o
valor do combustível. Esse encontro só não aconteceu por causa do feriado de
Carnaval”, ressalta.
A fiscalização da semana passada
levou em consideração o aumento de forma rápida e aparentemente sem
justificativa plausível, segundo o chefe de investigação. Em todos os doze
postos vistoriados ficou constatado variações de preço entre setenta centavos a
um real, o que representa um percentual de 12 a 20% de aumento abusivo. Nas
bombas, o valor chega a R$7,30.

Foto: Arquivo/Procon-PI
O Dia constatou nesta quinta-feira
(03) que vários postos espalhados pela Capital continuam com o preço de R$
7,20. Vale ressaltar que a Petrobras não anunciou reajuste nas refinarias.
Para as fiscalizações em Teresina,
foram consideradas dados de notas fiscais das bombas para que se observasse a
margem de alterações do dia anterior e o presente momento da vistoria. Os
postos autuados têm o prazo de 15 dias para apresentarem defesa. Os
estabelecimentos estão passíveis à aplicação de multa que varia entre 600
e 10 milhões de reais.
Sindicato dos postos reage
O presidente do Sindicato dos
donos de Postos de Combustíveis do Piauí (Sindipostos), Alexandre Valença, negou que o reajuste no
preço da gasolina tenha relação com a guerra na Ucrânia, situação levantada por
alguns empresários do setor também na semana passada.
Segundo ele, os postos de combustíveis
dependem mais do combustível importado do que o produzido pela Petrobras. “A Petrobras
só atende a 45 % da demanda regional, o restante é importado e os importadores
não costumam anunciar aumentos. Estamos tentando fazer uma reunião,
provavelmente no começo da semana que vem com o Procon”, finaliza.
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