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Moradores denunciam que obra da PMT não resolveu alagamentos na Av. dos Expedicionários

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram acúmulo de água no local onde a Prefeitura fez intervenções para “melhorar drenagem urbana”.

09/01/2023 15:08

No dia 30 de dezembro de 2022 a Avenida dos Expedicionários, que liga as zonas Sudeste a Leste de Teresina, foi interditada. Segundo a SAAD Leste, a interdição era para a realização de  “obras de drenagem para evitar maiores incidentes provocados pelo acúmulo de água naquele local”. Só que as chuvas dos últimos dias, especialmente a registrada nesta segunda-feira (09), mostraram que a água continua a empoçar no mesmo trecho que antes da intervenção. 

(Foto: Divulgação/Ascom)

Vídeos gravados pelos moradores da região mostram a água encobrindo o canteiro central e chegando nas calçadas dos comércios do local. A casa da Dona Maria das Dores é uma das mais atingidas. Lá, a água chega a invadir a residência em direção a uma lagoa, que fica por trás da casa. “Todo ano é esse problema. A gente já perdeu tanta coisa e ninguém resolve. Essa obra feita aí, até agora não resolveu foi nada”, conta.

Os donos de pontos comerciais no local temem perder produtos com a chegada do período chuvoso mais intenso. O seu Lucrécio Oliveira, de 78 anos, tem pelo menos 40 anos com um ponto comercial na Avenida. E a cada chuva forte, ele vê o nível da água subir. “Aqui a água chegou na calçada e por pouco não entrou lá para dentro. Essas canaletas aí não adiantaram de nada. Todo mundo está dizendo que essas canaletas podem causar acidentes. Porque a água encobre elas, e quem não conhece a região e passar em alta velocidade pode sofrer um acidente. Já teve um, inclusive”, complementou o Seu Lucrécio.

(Foto: André dos Santos/ODIA)

Outro comerciante, o seu José Neto, já está colocando rações para animais que ele vende em cima de estruturas de madeiras, para proteger de uma possível invasão das águas no comércio. “Aí foi muito dinheiro nessa obra. Mas se quisessem resolver, resolveriam. Fizeram só essa canaletinha aí e a água está empoçando do mesmo jeito. Nessa chuva de hoje, por pouco não entra aqui. Eu já estou levantando as minhas rações, porque o medo de perder mercadoria é grande”, conta, preocupado.

(Foto: André dos Santos/ODIA)

A interdição havia sido solicitada pela Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas (SAAD Leste), para a construção de uma canaleta para drenar a água de um lado a outro da avenida. Na época, o engenheiro Paulo Nunes havia informado sobre a necessidade das obras. “Estamos executando obras de drenagem para evitar maiores incidentes provocados pelo acúmulo de água naquele local. Após isso, começaremos a segunda etapa na primeira semana de janeiro”, afirmou o engenheiro.

O Portal O Dia entrou em contato com a SAAD Leste para esclarecimentos sobre as reclamações dos moradores e comerciantes, entretanto, de acordo com o órgão, “a obra não foi realizada com o intuito de resolver o problema de acúmulo de água” mas sim para “facilitar que não haja mais tanta água empoçada em um ponto específico".

“A canaleta foi feita para que a água não fique mais empoçada naquele ponto em frente às residências. Ela vai facilitar que a água, após a chuva, continue fluindo e escorra pela sarjeta, indo em direção ao bueiro. Mas, essa obra não foi feita para resolver o problema quando há muita água, como foi a chuva de hoje de manhã”.

A SAAD aponta ainda que o problema só será resolvido quando uma nova galeria for construída. “Essa obra não foi feita para resolver o acúmulo de uma grande quantidade de água, para isso somente uma galeria”. 

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