Os motoristas e cobradores de ônibus deflagram greve na Capital a partir das 00h desta terça-feira, 13. De acordo com reuniões no Sintetro, a greve é por tempo indeterminado e gira em torno das irregularidades por parte das empresas a no cumprimento da medida provisória 936, que garante a manutenção de alguns serviços aos profissionais do transporte coletivo.

"Os empresários não estão pagando a medida provisória que se trata dos trinta por cento em relação aos benefícios. Não estão pagando ticket alimentação, não estão pagando plano de saúde. Além do mais estamos em um sistema totalmente desgastante, sem estrutura ou qualquer protocolo de segurança", disse Ajuri Dias presidente do Sintetro.

Ajuri Dias presidente do Sintetro (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

As principais queixas são em torno da falta de pagamento de salários, plano de saúde e tickets, estrutura, segurança e EPIs, e descumprimento da medida provisória 936.

"A gente foi abandonado por todos, tanto pela justiça, como empresários, prefeitura e chegou a um ponto em que estamos sem plano de saúde, sem ticket, salário reduzido. Alguns colegas estão com suas famílias passando fome", disse Paulo Afonso, motorista de ônibus.

Paulo Afonso, motorista de ônibus (Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Essa é a segunda paralisação da categoria no ano de 2020. A outra aconteceu no mês de junho e basicamente pelos mesmos motivos. 

Strans garante transporte alternativo durante a greve de motoristas

Em nota, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que vai garantir o funcionamento de transporte alternativo para atender usuários do transporte público durante a greve de motoristas e cobradores de ônibus. O  sindicato da categoria informou à Strans sobre o movimento no final do expediente da última sexta-feira (9) sem explicar a razão da paralisação. Pela lei, o comunicado deveria ter sido feito com 72 horas úteis de antecedência. 

“Recebemos essa decisão com surpresa. Lamentamos a situação  e vamos acionar o Ministério Público do Trabalho porque o sindicato não nos apresentou nenhuma pauta de reivindicações”, ressaltou o gestor da Strans, Weldon Bandeira.

A Strans já tem o cadastro de 57 vans e ônibus que operaram durante a última greve deste ano. Para aumentar a frota de veículos alternativos enquanto durar essa greve, novos veículos serão cadastrados a partir desta terça-feira (13). 

O gerente de Licenciamento e Concessão da Strans, Rômulo Rego, orienta que serão obedecidos alguns critérios no ato do cadastro dos veículos. “Temos que garantir a segurança dos usuários e alguns itens de segurança serão verificados para aprovação do cadastro”, informou.

O usuário que necessitar do transporte alternativo poderá fazer o pagamento da passagem com vale transporte ou em dinheiro no valor de R$ 4,00. Não será aceita meia passagem.

Edição: Redação