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No Dirceu, falta de calçada gera impasse entre condomínio e prefeitura

O impasse antigo é alvo constante de reclamação dos moradores da região, que afirmam que a falta de passeio impede a travessia segura de pedestres.

09/12/2021 10:31

Quem transita pela Avenida Joaquim Nelson, no bairro Dirceu I, uma das principais vias da região Sudeste de Teresina, já deve ter se deparado com a falta de calçada no limite do Condomínio Guanabara. O impasse antigo é alvo constante de reclamação dos moradores da região, que afirmam que a falta de passeio impede a travessia segura de pedestres, em especial idosos e pessoas com deficiência física.


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A reportagem do O Dia conversou com o síndico do condomínio, Eliones Silva, que informou que a administradora do imóvel cedeu cerca de 70 metros quadrados do terreno para a Prefeitura de Teresina, para que fosse construída uma calçada. Segundo ele, o condomínio é anterior à construção da Avenida Joaquim Nelson e um acordo já havia sido firmado com a gestão anterior da Prefeitura de Teresina para dar andamento à obra.

"Nós já fomos à Caixa Econômica que verificou que o condomínio está dentro da normalidade, nosso terreno é legal. O que acontece é que a prefeitura construiu a avenida em frente ao condomínio, sem deixar o espaço para a calçada. Mas pra gente, é interessante que haja a calçada, por isso nós abrimos mão de parte do terreno para que a prefeitura derrube o muro e construa outro dando o espaço para a calçada", argumentou.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

Contudo, o superintendente de Ações Administrativas Descentralizadas Sul , José Nito, alegou que a responsabilidade pela reconstrução do muro não é da administração municipal. Por isso, um novo acordo deve ser solicitado junto aos responsáveis pelo condomínio.

"Tomamos conhecimento que foi acordado com a gestão passada que a mesma ia fazer a reconstrução do muro deixando essa acessibilidade, só que, no nosso entendimento, esse não é o nosso dever, não é o nosso papel, uma vez que se trata de um condomínio privado. Estamos provocando uma nova conversação com os responsáveis pelo condomínio para que, no menor espaço de tempo possível seja solucionado o problema", alegou.

Foto: Assis Fernandes/O Dia

Enquanto o imbróglio não chega ao fim, os moradores da região precisam se aventurar pela avenida ou pelo canteiro central. O aposentado Antônio Luís mora há 42 anos nas proximidades do condomínio. Segundo ele, um amigo já sofreu acidente no local devido à falta de calçada. Para os idosos, o perigo é ainda maior, pois com a mobilidade reduzida, não há como fugir do tráfego intenso na Avenida Joaquim Nelson.

"Eu venho todos os dias resolver meus negócios na avenida e, para atravessar, ou você fica colado no muro ou então você se arrisca no meio dos carros. Eu tenho medo de andar do portão até aquele posto de gasolina. Como é que você vai andar? Pra piorar, os motoristas não respeitam. É um absurdo! Eu caminho até o outro quarteirão e espero o sinal fechar", relata o aposentado.

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