O secretário municipal de
Educação (Semec), Nouga Cardoso, disse nesta quinta-feira (19) que a Prefeitura de
Teresina vai continuar pagando os professores acima do piso federal do
magistério, mesmo após o aumento anunciado pelo Governo Federal. Só que a
declaração é rebatida pelos profissionais da Educação. De acordo com o
Sindicato dos Servidores Municipais (Sindserm), o piso salarial dos profissionais
da Educação na capital está em R$ 3.348,04, ainda abaixo do reajuste dado em 2022.
Segundo o Sindicato, para
que o novo piso de R$ 4.420,36 seja cumprido, o aumento não deveria ser só de
15%, e sim de 32,03%. “Infelizmente a
Prefeitura não cumpriu nem o piso previsto para o ano passado, que é um vencimento
de R$3.845. O secretário de educação confunde - propositalmente - dois termos que a
população precisa entender: o que é vencimento e remuneração. A lei trata do vencimento!
Ele quer somar todas vantagens que os professores possuem e colocar como se
fosse o piso. A lei não trata assim”, disse Sinésio Soares, presidente do Sindserm.
Nouga rebateu o que foi falado: “A
Prefeitura de Teresina, que já paga acima do piso, vai continuar honrando e
valorizando os seus profissionais da Educação”.

(Foto: Assis Fernandes/ O DIA)
“Eu diria (...) que
busquem pelo menos um professor, contratado como nível superior na Semec e peça
para ele mostrar o contracheque. E confira lá se ele recebe menos que R$4.060
reais, quando o piso ainda era de R$3.865 reais. E certamente, com o piso sendo
R$4.420, a expectativa nossa é continuar pagando acima do piso os professores
da rede municipal de ensino”, disse o secretário de Educação em entrevista ao O
Dia.
Segundo a Prefeitura de Teresina, o Projeto de Lei acerca do reajuste do
piso do magistério será encaminhado para a Câmara Municipal de Teresina no
retorno dos parlamentares, em fevereiro. Se aprovado, os professores receberão
os valores retroativos a janeiro.
Presidente da APPM pede “cautela” aos gestores
Após reunião na Confederação Nacional dos Municípios, onde foi debatida a
Lei 11.738/2008, que determina que nenhum vencimento básico de Profissionais da
Educação no país esteja abaixo de R$ 4.420,36, o presidente da Associação
Piauiense de Prefeitos dos Municípios (APPM), Toninho de Caridade, pediu
cautela aos gestores municipais.
“Pedi aos colegas prefeitos que tenham muita cautela com relação ao
piso, até que se tenha o entendimento do novo Fundeb. O impacto nos municípios
piauienses é de até 341 milhões, por isso pedimos cautela dos gestores”, disse
o presidente da APPM afirmando que a pauta deve ser encaminhada ao legislativo no início das atividades das casas legislativas em fevereiro.
É permitida a reprodução deste conteúdo (matéria) desde que um link seja apontado para a fonte!