Dois funcionários do INSS foram presos na Operação Grande Família, deflagrada pela Polícia Federal. A dupla é acusada de colaborar com o grupo criminoso especializado em fraudes na manutenção de benefícios previdenciários de segurados já falecidos. A quadrilha atuava em Teresina, Bacabal e Pedreiras no Maranhão. Ao todo, 21 pessoas foram presas. A polícia ainda cumpre os 31 mandados de busca e apreensão.
Material apreendido. Foto: Divulgação/PF
O delegado Luciano Neto, da Delegacia da Previdência Social, conta que o INSS não tinha conhecimento que os previdenciários haviam morrido. “O grupo descobria o falecimento, e mediante aos dados, eles falsificavam os documentos e transferiam o beneficio do Maranhão para Teresina. Essa transação era facilitada pelos funcionários do INSS”, disse.
De acordo com o delegado, os “cabeças” da organização criminosa residiam aqui em Teresina. “Eram eles que falsificam os documentos. Inclusive, as mães e esposas deles também estão presas. Foram sete pessoas de uma única família. O escritório deles funcionavam em uma casa em um condomínio na zona Leste de Teresina”, conta.
Delegado Luciano Neto da Delegacia da Previdência apresentou os dados na sede da PF. Foto: Assis Fernandes/ODIA
A Polícia Federal identificou 639 benefícios nessa situação de fraude. Até o momento foram cerca de R$ 26 milhões desviados. O prejuízo futuro, segundo a PF, poderia chegar a R$ 80 milhões.
“Já recolhemos centenas de cartões, dezenas de certidões em branco e documentos usados para falsificação. As equipes ainda estão na rua cumprindo os mandados de busca e apreensão. Todo o material recolhido será analisado, podendo haver ainda futuros desdobramentos desta operação”, finaliza o delegado Luciano Neto.
Edição: Adriana MagalhãesPor: Geici Mello