A travesti Paola Amaral, que foi amarrada dentro do porta-malas de um carro e agredida a pauladas na Zona Norte de Teresina na semana passada , emitiu nessa sexta-feira (23) sua Certidão de Registro
Civil e Registro Geral (RG), em Teresina. Agora, ela será acolhida pela Casa do
Caminho e passará por um processo de reinserção social, com os programas
ofertados pela rede de atendimento da proteção social e de direitos humanos.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
As informações foram divulgadas pela Gerência de Enfrentamento à LGBTfobia e o Centro de Referência LGBTIQA+ da Superintendência de Direitos Humanos – SASC, que acompanham o caso. Os processos de inserção de Paola na sociedade também contaram com o apoio da Gerência de Direitos Humanos da SEMCASPI.
Na quarta-feira (21), o Ministério Público do Piauí instaurou dois inquéritos para apurar as agressões contra Paola e determinou o envio de comunicação oficial ao Centro de Referência LGBTQIA+ “Raimundo Portela”, à Defensoria Pública do Estado (DPE-PI), solicitando a expedição de novos documentos para Paola a fim de que ela pudesse receber as parcelas do auxílio emergencial do Governo Federal , e à Secretaria Municipal de Assistência Social e Políticas Integradas de Teresina (SEMCASPI), para a realização de perícia social e análise quanto a possibilidade de inclusão em benefícios eventuais, a cargo do Município de Teresina.
Além disso, o MP solicitou à Polícia Civil uma investigação para apurar os responsáveis pelo crime e ainda um processo administrativo disciplinar à Guarda Civil Municipal (GCM) para constatar os nomes dos guardas civil que presenciaram o fato.
Sobre o caso
Paola Amaral foi submetida a agressões físicas e humilhações verbais efetuadas por populares, na última sexta-feira (19), na presença de membros da Guarda Civil Municipal (GCM) de Teresina, pelo suposto roubo de um botijão de gás e um colar.