Teresina é uma das cidades
que mais recebem radiação solar no Brasil. Em praticamente
todas as estações do ano, os
teresinenses são obrigados a
conviver com o calor e com
as consequências que a forte
incidência de radiação traz
para a saúde da pele. Quem
trabalha se expondo muito
ao sol sofre ainda mais. Dentro dessas circunstâncias, os
dermatologistas alertam que
toda proteção contra o sol
ainda é pouca para impedir
os efeitos da exposição ao
sol.
O dermatologista Yuri Nogueira explica que os malefícios vão desde aspectos
estéticos até câncer de pele,
levando em alguns casos ao
risco de vida. Segundo ele, as
radiações solares provocam
manchas e ressecamento na
pele, envelhecimento precoce e aumenta consideravelmente o fator de risco associado aos riscos de câncer de
pele.
Moradores usam a sombrinha para se proteger do sol de Teresina (Foto: Elias Fontenele/ O Dia)
Para a parte da população
que trabalha se expondo ao
sol diariamente, como mototaxistas, vendedores ambulante e garis, a proteção é
indispensável. Edilson Silva
trabalha há mais de cinco
anos sendo mototaxista e diz
que os efeitos da exposição
ao sol é irreversível.
“Tenho muitas manchas
no rosto, minhas mãos são
muito ressecadas, determinadas partes do meu corpo
são mais queimadas que outras, fora a quentura que é
insuportável. A gente tem
que andar com essas mangas longas, luvas, que às
vezes não é nem bom usar
porque escorrega, protetor
solar no rosto, nas mãos não
podemos passar pois escorrega também. E ainda assim
a gente vê as consequências
de tralhar no sol”, lamenta o
trabalhador.
O dermatologista explica
que, de fato, os protetores
solares não dão proteção garantida contra os efeitos da
exposição da pele ao sol. Portanto, reforça que a utilização
de proteções físicas, como
chapéus e sombrinhas são indispensáveis. “Óculos escuros,
chapéus, roupas longas, sombrinhas são proteções físicas
que também ajudam muito. E hoje existem algumas lojas
especializadas que vendem
esses produtos com fator de
proteção solar, roupas adequadas e próprias para proteger contra o sol”, destaca Yuri.
Mesmo sabendo disso, algumas pessoas insistem em não
utilizar sombrinha quando
vai se expor ao sol. No centro,
mesmo ao sol quente de meio-dia, é muito comum as pessoas
transitarem sem proteção física
alguma. A cabeleireira Edna
Araújo é uma das que têm essa
preocupação, ela diz que todo
mundo deveria se atentar a isso.
“Sempre que saio de casa levo
minha sombrinha e uso meu
óculos escuros, e ainda uso meu
protetor. A gente já viu os perigos do sol e tem que se cuidar”,
ressalta.
Yuri comenta ainda que, de
acordo com pesquisas, o pressuposto mais importante para
a formação do câncer de pele
na terceira idade é a exposição
solar das três primeiras décadas da vida humana. Portando, os pais devem estar atentos à proteção de seus filhos
já nos primeiros anos de vida,
assim como durante a adolescência e fase adulta.
Edição: Aline Rodrigues
Por: Karoll Oliveira
É permitida a reprodução deste conteúdo (matéria) desde que um link seja apontado para a fonte!