Não houve acordo entre a o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) e o Sindicato dos Trabalhadores das Empresas de Transporte Rodoviário da Capital (Sintetro). Em reunião realizada na tarde desta terça-feira (12), os sindicatos não chegaram em consenso em relação ao retorno da totalidade da frota de ônibus de Teresina.
Depois de um ano e nove meses de impasses, a crise no transporte coletivo continua em aberto. O Setut não assinou o acordo de convenção coletiva da categoria estabelecendo novamente o pagamento do piso salarial para motoristas, cobradores, fiscais e pessoal de manutenção das garagens, e o fim do pagamento em diárias, como vem sendo feito desde o início da pandemia. Na reunião, o Setut apresentou os termos do acordo que foi firmado entre a classe patronal e a Prefeitura na última quinta-feira (07).
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“Não iremos retornar ao trabalho de forma integral como prevê o acordo entre a Prefeitura e os empresários. O Setut se negou a assinar o acordo de convenção coletiva da nossa categoria e lamentamos essa situação. Eles alegaram que o dinheiro acordado com a Prefeitura é insuficiente para pagar os funcionários”, disse o presidente que afirmou que o Setut alegou queda de passageiros no transporte e que, nessas condições, os empresários não teriam como custear o serviço.
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O sintetro, além do acordo de convenção coletiva da categoria, também busca a discussão da recontratação dos funcionários que foram demitidos durante a crise sob o risco de não haver mão de obra suficiente que atenda à demanda de ônibus na cidade.
Por outro lado, o Setut diz que compreende as dificuldades enfrentadas no setor de transporte coletivo e que continua aberto ao diálogo, a fim de solucionar a situação, como também esclarecer sobre o cenário do sistema e os pontos acordados com a Prefeitura de Teresina.