O presidente da Fundação Municipal
de Saúde (FMS), Gilberto Albuquerque, disse em entrevista na manhã desta
sexta-feira (26) que a oferta de oxigênio para pacientes com Covid-19 está
limitada em Teresina. Segundo ele, a empresa responsável pela oferta do elemento
já informou à prefeitura, reiteradas vezes por meio de documentos, que a
capacidade de fornecimento chegou ao limite. Os pacientes em estado mais grave
estão sendo transferido a hospitais com maior reserva do produto.
Foto: Pedro Cardoso/ODIA
“O fator limitante agora é a oferta de oxigênio. A empresa já nos avisou reiterada vezes, por meio de documento, que a capacidade de fornecimento dela chegou ao limite. Nós estamos botando os pacientes que precisam de uma quantidade maior nos hospitais que ainda tem uma reserva maior de oxigênio. Estamos evitando internar pacientes mais graves naqueles hospitais cujo a reserva de oxigênio está menor”, disse.
O presidente alertou ainda que, em média, o oxigênio dura apenas dois dias em alguns hospitais da Capital. Ele ressaltou que caso haja problema no abastecimento, a situação da Covid-19 no Piauí pode piorar ainda mais.
“Varia, tem hospital que dá para um dia, tem hospital que dá para dois... Em média, ele está durando dois dias. Ou seja, se houver algum problema neste abastecimento nós teremos uma situação difícil. A situação de abertura de leitos também pode ficar comprometida porque o leito sem oxigênio para paciente Covid fica inviável”, completou.
Em relação às críticas sobre a lentidão na vacinação, Albuquerque disse que Teresina está usando menos da metade do tempo para administrar o lote que recebe do Ministério da Saúde. Segundo ele, a demora acontece na chegada na vacina a Capital.
“Eu acho que é ao contrário. Teresina está usando menos da metade do tempo preconizado para a administração do lote que a gente recebe. O que é lento é a chegada dessa vacina para a Capital. Mas na medida em que a gente recebe, em média para quatro ou cinco dias serem administradas, nós estamos administrando em dois dias”, ressalta.
A recomendação, segundo o gestor, é de que a população fique em casa. “Chegou ao limite do que o serviço público podia fazer. Em não tendo mais condições em expandir leitos, agora vem a parte da sociedade, que é esse sacrifício a mais. Nós teremos em torno de dez dias de período de distanciamento social ampliado e isso resultará, com certeza, em uma necessidade menor de leitos.”
Por fim, ele informou que números de leitos possíveis para Teresina foram abertos, assim como a compra de equipamentos e contratação de profissionais de saúde para atuarem na linha de frente da Covid-19.
Fonte: Com informações de Raimundo Lima, da O Dia TV