Estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI) reclamam da falta do transporte público para chegar ou sair da instituição, desde que as aulas em modelo híbrido retornaram. Como forma de amenizar o problema, muitos deles têm se organizado em grupos de mensagem para compartilhar caronas. Sem ônibus circulando em Teresina, eles pedem o transporte alternativo cadastrado pela prefeitura.

^{Foto: Arquivo/ODIA} 

Em março, a Prefeitura de Teresina informou que para suprir a demanda havia cadastrado 250 veículos alternativos para fazer o mesmo percurso das linhas de ônibus operadas pelas empresas do Setut . Mas como isto ainda não ocorreu, os alunos têm de conseguir carona, destinar valores altos do orçamento familiar ao deslocamento ou mesmo deixar de ir à universidade.

A estudante Raila Mota, de 22 anos, denuncia que o transporte alternativo não passa nos condomínios próximo à UFPI e que as linhas que foram substituídas não circulam na região.  

"Não tem transporte alternativo que passa nos condomínios. Houve a substituição dos ônibus em outras rotas e aqui nada. Vamos tentar contato com algum órgão ou instituição para ver se eles poderiam colocar algum nessa rota", relata.

Raila trabalha como vendedora em uma distribuidora no Centro de Teresina e conta que está “pagando para trabalhar” devido à falta de transporte.

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“A situação é caótica, pois para quem trabalha, principalmente no Centro, não tem nenhuma opção de transporte a não ser os motoristas de aplicativos. É um valor absurdo totalmente fora do orçamento dos trabalhadores. Estamos praticamente pagando para trabalhar. Preciso morar perto da UFPI por conta dos meus estudos sendo que nem para deslocar para a ela, tem transporte alternativo”, destaca.

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O Dia procurou a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) para comentar a falta do transporte alternativo para estudantes da universidade. A instituição está analisando a situação para emitir um posicionamento.