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Uespi: Alunos de Medicina denunciam falta de aulas e pedem ensino híbrido

Em publicações na internet, eles alegam que estão há mais de 200 dias sem aulas e defendem a aplicação do ensino híbrido (presencial e online)

06/11/2020 14:19

Os alunos do curso de Medicina da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) estão usando as redes sociais para denunciar o retorno das aulas na instituição. Em publicações na internet, eles alegam que estão há mais de 200 dias sem aulas e defendem a aplicação do ensino híbrido (presencial e online). A pandemia do novo coronavírus atrasou o início do período regular.

Em uma rede social, o Centro Acadêmico de Medicina Carlyle Guerra de MaceÌ‚do (Cagema) afirmou que das 72 disciplinas que o curso de Medicina dispõe apenas cinco foram ofertadas e, destas, apenas uma está sendo aplicada em sistema remoto aos estudantes. O Cagema denuncia ainda que os tablets oferecidos pela instituição por meio do Auxílio Conectividade não são compatíveis com aplicativo usado para as aulas remotas.

Para denunciar a situação, os estudantes levantaram nas redes sociais as hastags #VoltaMedUespi e #MedUespiQuerEstudar.


“A palavra que resume é a indignação. Por muito tempo, estamos travando muitas lutas para a melhoria da instituição só que a questão da pandemia só escancarou mais ainda o desinteresse que o Governo do Estado tem pela universidade”, disse o estudante Hítalo Coelho à imprensa.


No mês passado, o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX), da Uespi, aprovou o novo calendário acadêmico  para os semestres 2020.1, 2020.2 e 2020.3, além de outras datas relevantes para a continuidade das atividades de ensino. A universidade já havia aprovado o ensino remoto devido à pandemia Covid-19.O Período Especial Curricular (PEC) iniciou no 21 de Outubro.

Na época, também ficou definido que os semestres 2020.1 e 2020.2 estão com datas de início para 11 de janeiro e 31 de maio de 2021, respectivamente.

Outro lado

Procurada pela reportagem, a Uespi informou que participou da “reunião provocada por representantes do curso de Medicina junto ao Ministério Público Estadual, onde o reitor, Nouga Cardoso, informou a todos que as decisões na universidade são colegiadas e, quanto ao calendário acadêmico, é uma decisão do Conselho Ensino Pesquisa e Extensão (CEPEX), que já aprovou o retorno das atividades do ensino regular (2020.1) para 11 de janeiro de 2021”.

A universidade disse ainda que, ao final da reunião, ficou acordado entre todos os presentes que os cursos do Centro de Ciência da Saúde (CCS), que são cinco, deveriam provocar o CEPEX manifestando o desejo de retornar as aulas de forma antecipada ainda neste ano. Conforme a instituição, como não houve a “manifestação oficial de nenhum curso do CCS e diante disso, o Cepex, que se reuniu na semana passada, não pode deliberar sobre o caso”.

Por: Jorge Machado, do Jornal O Dia
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