A Secretaria Municipal de Educação de Teresina (Semec) realizou na manhã desta quarta-feira (10), no Centro de Formação Professor Odilon Nunes, no Centro Norte, uma reunião com autoridades que atuam diretamente nos protocolos de segurança contra a Covid-19 para discutir o retorno das aulas na rede pública da cidade. O retorno está previsto para o dia 01 de março.
“A sociedade teresinense está com duvidas sobre o retorno das aulas na rede municipal. Por isso, fizemos esse encontro para discutir com a sociedade civil organizada, com as instituições, esse plano de retorno. Então hoje o objetivo foi apresentar aos piauienses, em especial aos teresinenses, o nosso plano de retorno da prefeitura. Por isso, juntos com as autoridades iremos discutir as propostas para termos o melhor direcionamento para a volta segura”, disse o secretario da Semec, Nouga Cardoso.
Secretário da Semec, Nouga Cardoso. Fotos: Assis Fernandes/ODIA
Nouga disse ainda que a principal
medida adotada pela prefeitura será o distanciamento social para conter a
transmissão da Covid-19 nas salas de aula. Além disso, as escolas da rede municipal
adotarão o sistema híbrido de ensino (online e presencial).
“O principal é as medidas de distanciamento. A gente sabe que se não houver contato, se não houve aproximação para além do limite desejado, é impossível que haja transmissão da Covid-19. No nosso protocolo de retorno, propomos o sistema híbrido de ensino (online e presencial) para garantir até mesmo aos professores condições de higiene e sanitização que não favorecerá de maneira alguma a transmissão do vírus”, completa.
Vacinas de servidores para o retorno
O coordenador geral do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Teresina (SINDSERM), Sinésio Soares, defendeu a vacinação e testagem dos trabalhadores em educação para o retorno seguro das aulas na Capital. Para ele, sem essas condições fica inviável o retorno das aulas.
“Entendemos que as aulas presenciais são incomparáveis e estamos ansiosos para esse retorno. Em assembleia, nós decidimos que há duas condições básicas para esse retorno presencial: a vacina e a testagem. Isso é o que os órgãos especializados do mundo inteiro estão exigindo. Sem a testagem e a vacina de todos os trabalhadores em educação, nós não teremos condições de retornar as atividades presenciais de maneira alguma”, ressalta.
A vice-presidente da comissão de direto à educação da OBA-PI, Jamile Alencar, ressalta que a maior preocupação do órgão é que sejam obedecidos os protocolos higiênicos sanitários para garantir a segurança de alunos, professores e demais servidores da rede pública municipal.
“A nossa principal preocupação é que sejam atendidas e observadas essas determinações dos protocolos para que sejam garantidos a segurança dos professores, alunos e de todos os envolvidos do ambiente escolar da rede municipal de Teresina”, declarou.
O Comitê de Operações Emergencial (COE) do município afirma que retorno deve ser planejado tendo em vista os prejuízos causados pela ausência das aulas.
“O retorno as aulas é uma recomendação mundial, visto o enorme prejuízo que a falta das aulas provoca em crianças e adolescentes. Além disso, é uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que, na medida do possível, os países retornem as aulas. O COE sugere que haja esse retorno considerando todos os prejuízos psicológicos, emocionais, materiais e intelectuais. A recomendação é que seja planejada e de maneira segura obedecendo as regras de segurança”, disse o médico Kelsen Eulálio, que também participou da reunião.
Por: Com informações de Eliezer Rodrigues.