O inquérito que apura a morte da estudante de jornalismo Janaína Bezerra, que foi estuprada e assassinada dentro do campus da Universidade Federal do Piauí (UFPI) no último sábado (28), na zona Leste de Teresina, deverá ser concluído no prazo de 10 dias, relevou o secretário de Segurança do Piauí, Chico Lucas.
Leia também: Caso Janaína: estudante da UFPI foi estuprada e teve pescoço quebrado, diz delegado
Ele explicou que pediu celeridade na apuração para que o caso seja totalmente esclarecido em um curto espaço de tempo. Chico Lucas disse que o prazo foi estabelecido para a equipe do Departamento de Homicídio e Proteção à Vítima (DHPP) que investiga o crime.
(Foto: Arquivo O DIA)
“Determinamos que haja celeridade na apuração. No sábado ainda foi feito um laudo parcial, o pedido de prisão preventiva foi feito. Se tiver mais alguém envolvido e o DHPP chegar a essa conclusão, será pedido a prisão. É determinação nossa agilidade na apuração. Muito provavelmente o inquérito será concluído no prazo de 10 dias que foi um compromisso feito pelo delegado Barêtta como o delegado-geral Luccy Keiko”, disse Chico Lucas.
O secretário comentou que não teve acesso aos detalhes do caso e, por isso, disse não ter conhecimento do envolvimento de uma segunda pessoa suspeita de participação no crime. A presença de um outro homem com a jovem foi relatada pela família de Janaína e pelo segurança da UFPI que flagrou o o principal suspeito com a jovem.
Crime causa revolta e estudantes da UFPI ocupam reitoria
A morte de Janaína da Silva Bezerra causou revolta à população teresinense e, principalmente, aos estudantes da Universidade Federal do Piauí (UFPI), que cobram por melhorias na segurança da instituição e no combate à violência de gênero. Na manha de ontem (30), os alunos realizaram uma manifestação em frente à Reitoria da universidade. Já na manhã desta terça-feira (31), os estudantes ocuparam a Reitoria e solicitaram a exoneração do atual reitor, Gildásio Guedes.
A solicitação levou em consideração não só a violência que vitimou uma jovem estudante de 22 anos, mas também outras reivindicações que, segundo os estudantes, são antigas. Como a falta de transporte público, a ausência de iluminação adequada na universidade e a questão da segurança dos estudantes.