Durante coletiva realizada na
manhã desta segunda-feira (25), os docentes da Universidade Federal do Piauí (UFPI), juntamente com servidores e apoio de outras categorias, anunciaram
paralisação das atividades na quinta-feira (28). O movimento faz parte de uma
ação a nível nacional organizada pelos servidores públicos federais.
Dentre as pautas reivindicadas pela categoria estão a reposição salarial emergencial e a discussão das Propostas de emenda à Constituição (PECs) do Teto de Gastos, que limita os investimentos na educação, e da Reforma Administrativa, proposta que altera trechos da Constituição que tratam sobre servidores e empregados públicos e modifica a organização da administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União.
Marli Clementino, presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI)
De acordo com a presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Piauí (ADUFPI), Marli Clementino, os servidores públicos federais, organizados pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), protocolaram em janeiro deste ano, junto ao Ministério da Economia, a discussão sobre a reposição salarial emergencial.
“Não estamos falando de aumento, mas de reposição salarial em função das perdas inflacionárias que tivemos nos últimos anos. O governo não chamou a categoria para negociar e, por conta disso, iniciamos um movimento nacional. O ANDES deliberou para que em todas as suas sessões sindicais fizéssemos rodadas de assembleias para indicativo de greve. A UFPI aprovou esse indicativo de greve no mês passado e agora a paralisação no dia 28”, afirmou.
No Piauí, o movimento paredista teve adesão dos docentes da UFPI e da UFDPAR (Universidade Federal do Delta do Parnaíba). Já os professores do Instituto Federal do Piauí (IFPI) devem fazer uma assembleia nesta terça-feira (26), para definir a adesão dos trabalhadores da instituição à paralisação nacional das atividades.
“No dia 28, vamos fazer a mobilização, com uma manifestação e manter um diálogo com a sociedade para explicar como está a situação das universidades. No nosso caso, temos um corte de recursos muito alto. Posteriormente, vamos deliberar sobre a construção da greve nacional”, finalizou a presidente da ADUFPI.
Retorno das aulas presenciais
Sobre o retorno das aulas presenciais, a presidente da ADUFPI, Marli Clementino, destacou que os professores são a favor do retorno, desde que este aconteça com todas as medidas de segurança necessárias. “O que temos definido é que esse retorno presencial tem que acontecer com todas as medidas de segurança. O retorno das atividades presenciais nas universidades é importante para a sociedade, mas para isso é preciso um conjunto de ações, como, por exemplo, a reposição dos recursos para as universidades”.
As aulas da Universidade Federal do Piauí retornaram no início de março em modelo híbrido.