A delegada Lucivânia Vidal, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), realizou uma coletiva, nesta terça-feira (05), sobre o caso do bebê de 11 meses que morreu no último domingo (03) supostamente vítima de engasgo, e enfatizou que a mãe do bebê, uma adolescente de 16 anos, não fugiu do local, como afirmou a direção do hospital.
“Começamos a ouvir os familiares e uma coisa que me chamou atenção foi o hospital ter falado que a família abandonou a criança. Bem, o que já constatamos é que não houve abandono. A família ficou até o atestado dos médicos dizendo que a criança tinha vindo a óbito e que não tinha mais nada a fazer e no outro dia procurassem o HGV. Na segunda, eles procuraram o Hospital e informaram que o corpo estava no IML”, disse.
Delegada Lucivânia Vidal, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (Foto: Assis Fernandes/ODIA)
De acordo com a delegada, a polícia trabalha em cima da causa mortis, ou seja, o que levou a morte da criança, e que há diversas linhas de investigações sobre o caso. “Não estamos retirando nenhuma causa, nem procurando um culpado. A partir do momento que encontremos a causa mortis, a gente vai saber como proceder com a investigação”, enfatizou.
A delegada Lucivânia Vidal acrescentou ainda que a equipe médica do hospital será ouvida. A perícia está sendo feita no corpo do bebê. “O que o corpo fala, sem ter uma perícia mais detalhada, é que a criança não apresentou uma agressão física, mas isso não está descartado”, completa.
Na declaração de óbito emitida pelo Instituto de Medicina Legal (IML) aponta causa da morte indeterminada. A delegada aguarda o laudo pericial e colherá depoimento de testemunhas.
Entenda
O bebê de 11 meses faleceu após dar entrada no Hospital Municipal da Criança, no bairro Parque Piauí. Segundo o relato da mãe, uma adolescente de 16 anos, ao chegar ao hospital, a criança ainda estava respirando. Por volta das 19h, a mãe e a bisavó da criança foram informadas pela equipe médica que o bebê havia falecido. Após isso, as duas dizem ter esperado no hospital até por volta de meia-noite, momento em que foram mandadas embora.