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Operação Primus: quadrilha teve R$1,8 milhão bloqueados pela Justiça

A operação cumpriu três mandados de prisão, cinco medidas cautelares e 41 mandados de busca e apreensão

12/07/2022 12:17

Durante coletiva realizada no Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), nesta terça-feira (12), a Polícia divulgou detalhes da Operação Primus, que prendeu três pessoas ontem (11) suspeitas de praticarem desvio de recursos públicos, organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva

A operação também cumpriu cinco medidas cautelares e 41 mandados de busca e apreensão nas cidades de Timon (MA) e Teresina, Baixa Grande e Ribeiro Gonçalves, no Piauí. Participaram da ação o TCE, TCU, CGU, Polícia Militar, Polícia Civil e PRF.

(Foto: Assis Fernandes/ODIA)

“Uma das empresas fica em Campo Alegre de Lourdes e outra em Timon. É importante frisar que esse valor de R$1,8 milhão sequestrado pela Justiça pode ser maior à medida que a investigação decorrer”, segundo o promotor Cláudio Soeiro, coordenador do Gaeco

A investigação corre em sigilo de Justiça e, por isso, os nomes dos agentes presos não puderam ser informados. O delegado Yan Brainer informou apenas que há um servidor público e um empresário entre os presos. Políticos e familiares dos agentes eram beneficiados com o esquema. O Gaeco não informou quanto a quadrilha movimentou desde 2013, quando o esquema teria iniciado.

(Foto: Divulgação/MPPI)

Investigação durou aproximadamente um ano. Em Campo Alegre de Lourdes foram apreendidos aproximadamente R$200 mil em espécie, além de armas em Baixa Grande. Também foram recolhidos notebooks, celulares, HD's. 

Segundo a polícia, chamou atenção o fato de uma das empresas ter sido contratada para fazer uma ponte e receber o pagamento do ente público em 15 dias. O Gaeco pontuou que essa obra nunca poderia ter sido concluída neste prazo, o que atraiu a atenção dos agentes fiscalizadores.

Operação Primus

A Operação Primus investiga desvio de recursos com fraudes em licitação com contratação de empresa de fachada que não tinha capacidade operacional, superfaturando os contratos. Os pagamentos eram feitos pelo gestor público, mas quem recebia eram os próprios membros do esquema (políticos, servidores públicos e empresários).

"A empresa era só um caminho necessário porque o dinheiro só sai dos cofres públicos por licitação. Precisavam desta licitação. Eram empresas de diversos setores, como recolha de lixo, obras de asfaltamento e de infraestrutura, que não tinham capacidade operacional", explicou o promotor Cláudio.

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