A Delegacia Geral de Polícia
Civil anunciou, nesta quarta-feira (25), mudanças no atendimento às vítimas e no
registro de boletins de ocorrência em todo o Estado. De acordo com a portaria,
o primeiro atendimento à vítima deve ser realizado em qualquer unidade policial
do Piauí. Ou seja, a vítima poderá registrar o boletim de ocorrência sobre o
crime em qualquer delegacia, mesmo que o local do fato ou a natureza do crime
não seja da circunscrição ou atribuição daquela unidade policial. Antes da portaria, o b.os só podiam ser registrados nas unidades policiais responsáveis pela área onde ocorreu o crime ou em unidades especializadas.
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Foto: Assis Fernandes/O Dia
Ainda de acordo com a
normatização, ao registrar o boletim de ocorrência, o policial civil deve
orientar a vítima a fornecer o máximo de detalhes sobre o fato e os possíveis
autores do crime, não devendo o registro se ater apenas aos campos obrigatórios
do sistema oficial de registro de ocorrência. Arquivos como vídeos, áudios,
imagens ou documentos, que estejam relacionados ao crime e sejam apresentados
pela vítima também podem ser inseridos no registro.
Além destes, a portaria traz ainda vários pontos que devem
ser observados pelos policiais. Segundo o Delegado Geral de Polícia Civil, Luccy
Keiko, o objetivo desse ato normativo é facilitar a vida do cidadão, já que o
boletim de ocorrência é a notícia de um crime. “A partir de hoje, toda e
qualquer delegacia de polícia no Piauí pode registar um BO de natureza criminal
ou não criminal de outra unidade policial. Por exemplo, em Teresina se poderá
de qualquer delegacia registrar o boletim de ocorrência de roubo ocorrido em
Altos, em Piripiri, Corrente”, afirmou.
O boletim de ocorrência será despachado pelo Procedimento
Policial Eletrônico (PPE) para a autoridade policial responsável pela apuração.
“A análise da atribuição inicial pode ser feita pelo próprio policial, se o
policial ainda assim tiver dúvida pode registrar na própria unidade gerencial
onde trabalha, e assim que o delegado for analisar, despacha para onde deve ser
a apuração do fato”, explicou o Delegado Geral Luccy Keiko.
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Edição: Com informações da SSP.