Portal O Dia - Notícias do Piauí, Teresina, Brasil e mundo

WhatsApp Facebook Twitter Telegram Messenger LinkedIn E-mail Gmail

Crise na Saúde: MP faz reunião com presidente da FMS e promotor diz que situação é grave

Dois hospitais da capital, o Hospital-Maternidade do Buenos Aires e a Maternidade Wall Ferraz, no Dirceu, continuam interditados

15/12/2022 08:10

O Ministério Público do Piauí, por meio da 29ª Promotoria de Justiça de Teresina, especializada na defesa da saúde pública, realizou na última terça(13), uma nova audiência extrajudicial para tratar da falta de insumos, medicamentos e profissionais de saúde na rede pública de saúde do município de Teresina. A audiência foi presidida pelo promotor Eny Marcos Vieira Pontes, com a participação da nova presidente da Fundação Municipal de Saúde, Clara Leal.


Leia Mais: 
Durante a audiência o promotor citou as recentes interdições dos hospitais da capital, Hospital-Maternidade do Buenos Aires e a Maternidade Wall Ferraz, no Dirceu. Além disso, ele relembrou que foi feita uma inspeção no Hospital do Monte Castelo, onde se verificou a falta de medicamentos básicos essenciais ao tratamento dos pacientes. Eny Pontes destacou ainda a dificuldade financeira da Fundação Municipal de Saúde no pagamento dos fornecedores, bem como as sucessivas compras de medicamentos sem passar por processo de licitação.

FOTOS: Ascom MP

Na ocasião, estiveram presentes representantes do Conselho Regional de Medicina, do Conselho Regional de Enfermagem e do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional.

Outro ponto abordado foi a falta de profissionais da medicina, da enfermagem, fisioterapia, psicologia, dentre outras categorias em toda rede municipal. O órgão apontou também a necessidade de realização de concurso público, o qual a antiga gestão de FMS afirmou já ter edital desde 2021, mesmo sem o mesmo estar na previsão orçamentária.

A nova presidente da Fundação Municipal de Saúde, Clara Leal, afirmou que está buscando soluções para os problemas apresentados. “Concordo que temos dificuldades, nesse ano de 2022, em relação ao desabastecimento. Nunca deixamos de reconhecer isso. Porém, ainda acho que temos de encontrar uma saída”, disse a presidente.

Ela declarou, também, que há várias informações desencontradas e, por ter assumido o cargo recentemente, vai averiguar cada ponto destacado na audiência.

Ao final da audiência, o promotor Eny Pontes ressaltou a insatisfação com as declarações da representante da FMS. “Na apresentação da presidente, diante dos questionamentos, pouco foi dito para o avanço do saneamento das irregularidades existentes na FMS. Considero a situação muito grave”, disse.

Fonte: Com informações MPPI
Mais sobre: