Familiares e amigos dos adolescentes Luian Ribeiro de Oliveira, 16 anos, e Anael Nathan Collins, 17 anos, realizaram uma manifestação no bairro Planalto Uruguai nesta terça-feira (15) cobrando justiça e pedindo que o Poder Judiciário marque o julgamento dos acusados da morte dos dois. Os jovens foram assassinados em novembro do ano passado em um sítio localizado no Povoado Anajás, zona Rural de Teresina, após passarem dias desaparecidos. Os corpos foram localizados no dia 15 de novembro nas proximidades da PI-112, que leva à cidade de União.
A manifestação de hoje aconteceu no bairro Planalto Uruguai, na zona Leste da Capital exatamente um ano após o crime. Familiares e amigos se reuiram em uma caminhada pelas ruas do Planalto Uruguai e soltaram balões em um ato de clamor por justiça. Os réus pelo assassinato de Luian e Anael estão em liberdade.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
Em conversa com a reportagem de O Dia, a mãe de Luian, dona Maria da Cruz, se emocionou ao lembrar do filho e disse que a dor pela perda nunca passa, mas que tem esperanças de que a justiça será feita. “A dor nunca vai passar, mas vai amenizar um pouco em a gente saber que esses assassinos estão presos e que vão pagar pelo crime que cometeram. Hoje o Luiz estaria completando 17 anos e a vida dele foi interrompida. Eu choro todos os dias com saudades do meu filho e a gente aqui só está pedindo justiça, pedindo ao promotor e ao juiz para que marquem logo esse Tribunal do Júri. Foram duas crianças que se foram”, desabafou Maria da Cruz.
O pai de Anael, Ailton, também falou com a reportagem e, igualmente emocionado, disse não desejar a dor que passa a nenhuma outra família. Ele pede que a justiça dê mais celeridade ao caso e que condene os acusados pelo assassinato de seu filho. “Foram duas vidas tiradas de maneira estúpida e ignorante. Os sonhos de duas famílias que foram interrompidos. Todo dia temos que viver com essa dor e ela é insuportável e nunca diminui”, disse Ailton.
O empresário João Paulo de Carvalho Gonçalves Rodrigues e o advogado Guilherme de Carvalho Gonçalves, acusados de terem assassinado Luian e Anael, tiveram suas prisões preventivas revogadas no último mês de setembro. Na decisão, o juiz Antônio Reis Nolleto pontuou que a pronúncia dos réus não continha provas robustas da autoria dos fatos e que elas são necessárias na fase processual para que fosse formado um juízo de certeza e não somente um juízo de probabilidade da participação dos acusados no crime.
Além de revogar as prisões de João Paulo e Guilherme, o juiz também revogou a prisão domiciliar e medidas cautelares impostas a Francisco das Chagas Sousa, também denunciado por participação no crime.