Os bueiros abertos representam um
risco para condutores e pedestres que precisam transitar todos os dias pelo
Centro de Teresina. Uma dessas estruturas, localizada nos cruzamentos das ruas
Sete de Setembro e Álvaro Mendes, está com a grade de proteção quebrada, e gera
preocupação para a população, em especial as pessoas com deficiência que
precisam ir até a sede da Secretaria Estadual para Inclusão da Pessoa com
Deficiência (Seid).
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O manobrista Aristarco Neto, que trabalha nas proximidades do bueiro, revela que os cadeirantes que precisam acessar a sede da SEID muitas vezes precisam pedir ajuda de terceiros para conseguir passar pelo local. Com a grade de proteção quebrada, o bueiro tem pouco mais de um metro de profundidade e representa um sério risco de acidentes.
Fotos: Assis Fernandes/O Dia
“É muito comum presenciarmos pessoas em cadeiras de rodas que pedem ajuda para passar pelo bueiro. Os idosos também correm um risco muito grande, porque a maioria tem problemas de visão, e como o cruzamento é muito movimentado, acabam não percebendo que tem esse bueiro aberto”, afirma.
A estudante de Farmácia, Suzana Meneses, passa pelo local todos os dias e também denuncia o risco que as pessoas correm pela grade de proteção estar quebrada. “É perigoso para todo mundo, até mesmo porque se uma pessoa vier desatenta mexendo no celular corre o risco de cair. Mas, principalmente, para os idosos e crianças, imagine se um idoso cair nesse buraco. Um jovem se recupera rápido de uma fratura, mas para um idoso se recuperar é mais difícil”, alerta.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Segundo a SEID, o órgão já solicitou o conserto da grade de proteção do bueiro junto a Superintendências de Ações Administrativas Descentralizadas Centro (SAAD Centro), responsável pela manutenção dessas estruturas na região, mas até o momento as solicitações não foram atendidas.
Quem precisa passar pela Rua Mestre Estevão para acessar a Avenida Miguel Rosa também se depara com falta de infraestrutura. O bueiro no cruzamento das duas vias apresenta, além de desníveis, placas de ferro soltas, o que aumenta o risco de acidentes e prejuízos para quem transita pelo local.
Para veículos de menor porte, como motocicletas e bicicletas, os riscos são ainda maiores. O estudante de Psicologia, Pedro Wellington Neves, é um dos que precisa fazer o percurso quase que diariamente e se vê obrigado a reduzir a velocidade e desviar dos buracos na estrutura metálica. O medo, ele conta, é o pneu de sua bicicleta entrar entre os espaços da grade e ele acabar caindo.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
“E aqui até engana, porque a boca de lobo não é plana, apesar de ser coberta com ferro. Ela tem suas elevações e desníveis e fica mais difícil se locomover. Isso acaba com o pneu e com a suspensão da bicicleta e o risco é diário. Dificulta para quem trabalha por aqui e precisa fazer este percurso todo dia, que tem de dar a volta no quarteirão se quiser evitar esse transtorno”, comenta Pedro.
Enquanto a reportagem do Portalodia.com estava no cruzamento da Rua Mestre Estevão com Avenida Miguel Rosa, pelo menos dois veículos passaram pelo bueiro e tiveram que reduzir a velocidade e desviar das estruturas de ferro soltas ou afastadas.
O Portalodia.com procurou a
Superintendências de Ações Administrativas Descentralizadas Sul e Centro (SAAD
Sul e Centro), para questionar
sobre a situação e o que será feito no sentido de sanar o problema.
A pasta responsável pela zona Sul informou, em nota, que vai iniciar o serviço de revitalização do trecho na segunda quinzena de junho.