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Coren-PI interdita parcialmente maternidade municipal no Dirceu por falta de enfermeiros

Segundo o Conselho, faltam profissionais de enfermagem no centro cirúrgico e na central de esterilização da maternidade. Interdição é ética.

12/12/2022 09:19

A crise no sistema municipal de saúde de Teresina ganhou mais um capítulo nesta segunda-feira (12). O Conselho Regional de Enfermagem do Piauí (Coren-PI) interditou parcialmente a Maternidade Municipal Professor Wall Ferraz, no bairro Dirceu, devido à falta de enfermeiros para atuar em setores essenciais da unidade. Em fiscalização realizada na última quinta-feira (08), o Conselho detectou a ausência de profissionais no centro cirúrgico e no setor de material e esterilização da maternidade.


Foto: Divulgação/Coren-PI


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Conforme explicou o Coren, “o motivo da interdição é a falta de enfermeiro onde são realizadas atividades de enfermagem em todos os turnos e setores, conforme a Lei do Exercício Profissional de Enfermagem, Lei nº 7.498/86”. A interdição da Maternidade Municipal Professor Wall Ferraz é ética e válida somente para o setor de enfermagem. De acordo com o Coren, na atual situação, os serviços prestados pela unidade põem em risco a saúde da população assistida.

A interdição ética da maternidade do Dirceu durará até que atendidos os processos legais inerentes à enfermagem e à legislação de saúde. 


Foto: Divulgação/Coren-PI

Faltam enfermeiros e obstetras na maternidade

Na semana passada, o Coren-PI visitou o Hospital do Monte Caastelo e a Maternidade Wall Ferraz juntamente com o Ministério Público do Piauí através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina. Também participaram da fiscalização profissionais do Conselho Regional de Medicina (CRM-PI) e do Conselho de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (Crefito). 

No Hospital do Monte Castelo, o Coren visitou a farmácia, a central de abastecimento farmacêutico, a central de materiais esterilizados, a central de equipamentos de proteção individual e as enfermarias. Já na Maternidade Wall Ferraz, os representantes dos órgãos conversaram com a diretoria geral e técnica da unidade sobre a escala de médicos, fisioterapeutas e enfermeiros. 


Foto: Divulgação/Coren-PI

“O principal problema da maternidade é a questão de recursos humanos. Verificamos a falta de profissional enfermeiro nos setores centro cirúrgico e centram de material, e também problemas com a escala médica, com ausência de obstetras e neonatologostas em alguns dias da semana”, explicou a conselheira do Coren-PI, Deusa Helena.

Vale lembrar que a falta de neonatologista em unidades de saúde do Município teria acarretado a morte de um recém-nascido no Hospital do Buenos Aires, que foi interditado pelo CRM-PI no começo do mês.

O outro lado

A reportagem do Portalodia.com procurou a Fundação Municipal de Saúde de Teresina para se pronunciar sobre a situação da Maternidade do Dirceu. Por meio de nota, a FMS informou que só irá se pronunciar quando for oficialmente notificada pelo Coren-PI, o que ainda não aconteceu.

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