A notícia de que a Prefeitura de Teresina estava estudando a possibilidade de implantar gratuidade no transporte coletivo da Capital levantou questionamentos
sobre a viabilidade financeira desta medida. O Portal O Dia fez os cálculos e
constatou que, para que a medida pudesse ser colocada em prática, seria
necessário que a Prefeitura de Teresina repassasse um valor 15 vezes maior que
o repassado atualmente.
Hoje, de acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte
Urbano de Teresina (SETUT), a PMT faz um repasse mensal da ordem de R$ 850 mil,
referente aos subsídios das passagens de meia-entrada para estudantes e as
gratuidades (como idosos, pessoas com deficiência, agentes de segurança...). Só
que, segundo o sindicato, para todo o sistema funcionar, o gasto mensal é de
cerca de 13 milhões de reais. Valor esse, que deveria ser repassado pela PMT,
caso a proposta de gratuidade total no sistema seja aprovada.

(Foto: Arquivo / O DIA)
“Nesse valor, levamos em conta todos os custos de operação do sistema,
incluindo ampliação e renovação da frota, que em breve será necessário. Porém,
até o momento não fomos provocados pelo executivo municipal. Soubemos pela imprensa
dessa proposta”, informou Vinícius Rufino, coordenador técnico do SETUT.
De acordo com a Prefeitura de Teresina, o prefeito e o
superintendente devem revelar hoje (11) os detalhes do que foi decidido em
reunião.

(Foto: Assis Fernandes / O DIA)
Tema já é debatido no
Congresso
A
tarifa zero a nível nacional já é tema de um projeto de lei de autoria do
deputado federal Jilmar Tatto (PT-SP) que deve ser apresentado à Câmara dos
Deputados neste ano. O projeto prevê a gratuidade no transporte
público de todo o país. Em
dezembro de 2022, o Setut chegou a informar que é
a favor da implantação da tarifa zero para usuários
do transporte coletivo de Teresina, desde que a Prefeitura de
Teresina faça o repasse integral dos subsídios para que haja "equilíbrio
financeiro do sistema".
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