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Sem acordo, Sintetro decide manter greve; nova assembleia acontece na segunda (11)

Segundo o Sintetro, a proposta estipula o salário para motorista no valor R$ 2 mil, para cobrador no valor de R$ 1.231 mil e para fiscal em R$ 1.325 mil.

09/04/2022 09:40

A assembleia de motoristas e cobradores realizada hoje (09) para discutir sobre o fim da greve que afeta o sistema de transporte coletivo de Teresina chegou ao fim sem uma definição. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários (Sintetro), na próxima segunda-feira (11), será realizada a terceira assembleia para definir se a proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) será aceita pelos trabalhadores. 

Na assembleia de hoje, motoristas e cobradores não conseguiram chegar a um acordo quanto aos termos propostos em uma contraproposta apresentada pelos empresários. O impasse se dá, principalmente, devido à proposição das empresas de que 20% da frota não tenham um cobrador.

 "Nós nos reunimos hoje novamente, mas não conseguimos chegar a esse acordo. Na segunda-feira vamos ter o 'tira-teima' para determinar se a proposta vai ser aceita, enquanto isso a greve continua", explica o secretário de Comunicação do Sintetro, Cláudio Gomes.

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Segundo o Sintetro, a proposta das empresas estipula o salário para motorista no valor R$ 2 mil, para cobrador no valor de R$ 1.231 mil e para fiscal em R$ 1.325 mil. Além de um tíquete alimentação de R$ 150 e um auxílio saúde de R$ 50.

Outro ponto criticado pelos trabalhadores diz respeito ao salário dos cobradores, que é proposto em um salário mínimo. De acordo com Cláudio Gomes, para não haver perda salarial, os cobradores argumentam que deveriam receber cerca de 20% acima do salário mínimo, cerca de R$ 240 a mais do valor contido na proposta.

"Além de demitirem, ainda tem esse salário que é muito pouco, porque quando colocarem os descontos, o valor fica a abaixo de R$ 900. Queremos a recomposição salarial de cerca de 18% a 20%", afirma.

A greve iniciou no dia 21 de março. Sem o acordo, o movimento paredista continua em Teresina.

Em nota, o Setut comunicou que a "questão da saída da função de cobrador já é uma realidade nacional, e que Teresina precisa se adequar a este novo formato também". Além disso, o Sindicato das Empresas informou que aguarda a confirmação da gestão municipal para repasse mensal do valor já pleiteado de R$ 1,25 milhões, para a efetiva cobertura dos reajustes do óleo diesel e repasses salariais.

Leia a nota na íntegra:

NOTA - SETUT

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT) informa que recebeu a nota do SINTETRO como um sinal positivo para reabertura nas negociações. Porem, a entidade destaca que, a questão da saída da função de cobrador já é uma realidade nacional, e que Teresina precisa se adequar a este novo formato também. 

 No atual cenário do transporte público, o que tem sido buscado é a redução de custos do transporte para os usuários. As duas capitais vizinhas, São Luís e Fortaleza, por exemplo, já funcionam com mais de 60% e 80% da frota operante sem a necessidade da função de cobrador, pois o sistema de bilhetagem eletrônica foi implantado, para ao longo dos anos, como forma de reduzir mão de obra operante, pois ela, infelizmente, encarece muito o valor da tarifa.

Por fim, o SETUT acredita que em breve se chegará a um bom termo com o Sintetro e somente restará a participação da Prefeitura para a efetiva assinatura de um acordo coletivo, através da sua confirmação e participação nesse acordo. O Sindicato das Empresas aguarda confirmação da gestão municipal para repasse mensal do valor já pleiteado de R$ 1,25 milhões, para a efetiva cobertura dos reajustes do óleo diesel e repasses salariais.

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