A notícia da possibilidade de mais uma greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina às vésperas do Natal, é motivo de preocupação não só entre a população que depende do transporte público da capital. Os lojistas do Centro temem que uma paralisação geral dos operadores do sistema de transporte público afete as vendas do comércio da região central da capital no Natal, um dos períodos de maior venda para o setor.
(Foto: Arquivo / O DIA)
Ao Portal O Dia Tertulino Passos, presidente do Sindilojas, revelou nesta terça-feira (20) a preocupação do setor com a possibilidade de greve. “Isso (greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Teresina) vai ser péssimo. Vi no portal a notícia da possibilidade da paralisação. Vamos ver se a gente consegue conversar com eles. Mas, para os lojistas, é uma preocupação, porque representa risco de perdas para esse setor”, disse.
Janaise Alcântara, que trabalha em uma loja de variedades na Rua Rui Barbosa, no Centro da capital, também está preocupada com a notícia da possibilidade de greve no transporte público. “Isso prejudicaria tanto as vendas, quanto a questão dos funcionários. Se não tem ônibus, não tem como eles virem trabalhar. E acabam gastando muito do próprio salário para poderem vir. Na última greve, perdemos metade do faturamento, por que não tinha cliente e os trabalhadores das lojas reclamavam muito, para ir embora”, lembrou.
A possibilidade de greve surgiu após o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (SETUT), afirmar que a Prefeitura de Teresina não realizou repasse para o pagamento do 13° salário dos motoristas e cobradores. O sindicato revelou que a primeira parcela não foi paga com recursos do município e que existe possibilidade de os trabalhadores não receberem a segunda parte do benefício.
O que diz a STRANS e o SINTETRO
A Strans havia se comprometido a fazer o repasse de R$ 2,5 milhões para as empresas até o dia 28 de novembro, mas não cumpriu com o acordo. “Não recebemos nenhum subsídio da Prefeitura de Teresina para pagamento do 13° salário, o qual nunca foi ajustado devidamente nessa gestão municipal”, afirmou Vinícius Rufino, coordenador técnico do SETUT.
(Foto: Arquivo / O DIA)
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro), Antônio Cardoso, destaca que existe possibilidade de paralisação caso o problema não seja resolvido. A gestão municipal se comprometeu a repassar o valor de R$ 2,2 milhões para o pagamento da segunda parcela do 13° salário, que deve ser pago até esta terça-feira (20).