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Protetores pedem doações para cães resgatados em estado de desnutrição do Zoonoses

Ao todo, 13 cães foram retirados de um abrigo de idosos e enviados para o Centro de Zoonoses.

14/08/2022 10:42

Protetores de animais estão pedindo ajuda para custear o tratamento e exames de quatro cachorros que estão em estado grave de desnutrição após serem resgatados do Centro de Controle de Zoonoses de Teresina. Segundo a protetora Raíssa Rocha, os animais foram recolhidos em junho deste ano de um abrigo de idosos de Teresina por decisão do Ministério Público do Piauí. Passados dois meses, os animais continuavam presos em uma cela do Centro de Zoonoses sem alimentação ou tratamento adequados. O MP informou que instaurou uma notícia de fato para apurar o caso e oficiou a Gerência de Zoonoses para que o órgão se manifeste sobre as alegações de maus tratos.


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“Eles não estavam agredindo ninguém no abrigo. Eles só existiam no ambiente, inclusive duas [cadelas] paridas, uma com os filhotes e a outra não levaram os filhotes e Deus é quem sabe o que aconteceu com esses bebês. A gente chegou a ter o primeiro contato com eles [no Zoonoses] no dia 14 de junho e eles já estavam há alguns dias, então calcula-se que estejam lá há uma média de dois meses. Isso, infelizmente, é uma coisa recorrente, que acontece nos órgãos públicos, de pedirem que os animais sejam retirados, quando na verdade eles só estão lá por falta de políticas públicas, em busca de alimento, de abrigo, de água”, afirma a protetora Raíssa Rocha.

Cinco cães adultos e nove filhotes foram retirados do abrigo e enviados ao Centro de Zoonoses. Até o início da semana, os protetores haviam conseguido resgatar todos os nove filhotes e um dos cães adultos. A cadela, de nome Cacau, se encontrava em estado grave de desnutrição, com disfunção renal, disfunção hepática, anemia e erliquiose (doença do carrapato). Agora, os protetores conseguiram resgatar os outros quatro cães, além de seis gatos, que estavam no Centro de Zoonoses. Com isso, os protetores precisam se recursos para pagar tratamentos, exames e a alimentação dos animais resgatados.

“Eles estão magros e doentes de passar fome, de não ter o alimento adequado, de não pegar sol, de não circular. Eles brigavam por comida e estavam estressados por estarem confinados em um espaço pequeno. Tiramos uma que não estaria viva se não tivesse sido resgatada, só os exames dela custaram cerca de R$ 1.300. Precisamos de ajuda para custear o tratamento e os exames desses animais. Queremos um local que possa acolhê-los e tirá-los dessa situação”, destaca a protetora.

Segundo a protetora, o tratamento para os quatro cães deve custar em média R$ 5.200. Contudo, até o momento, os protetores só conseguiram arrecadar R$ 1.016, valor que não cobre sequer o tratamento de um único cão. Os interessados em ajudar a custear o tratamento dos cães resgatados podem transferir qualquer valor pelo PIX 714.318.883-20, ou entrar em contato pelo número (86) 99980-0529.

A reportagem do O DIA entrou em contato com o Ministério Público do Piauí, que informou que instaurou uma Notícia de Fato para apurar o caso e oficiou a Gerência de Zoonoses para que se manifestem sobre as alegações de que os animais estão sofrendo maus tratos.

A reportagem procurou a Fundação Municipal de Saúde, responsável pelo Centro de Controle de Zoonoses de Teresina, que repassou a denúncia para a Gerência de Zoonoses, mas não retornou o contato até a publicação deste material. A Gerência de Zoonoses também foi diretamente procurada pelo Portalodia.com, mas preferiu não se manifestar.

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