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Teresina: Sem bilhetagem eletrônica nos transportes alternativos, alunos são prejudicados

Estudantes, que possuem direito ao vale estudantil, acabam tendo que pagar a passagem inteira, que custa R$ 4,00

19/04/2022 14:16

Apesar das aulas nas universidades de Teresina terem retornado, muitos alunos não têm conseguido comparecer às aulas ou acabam tendo que gastar muito para chegarem. O motivo? Além da pequena quantidade de ônibus rodando na cidade, as vans alternativas não aceitam os vales estudantis como pagamento, o que prejudica boa parte dos estudantes que dependem delas, os obrigando a pagar a passagem inteira, que custa R$ 4,00. 


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Desde outubro do ano passado, a bilhetagem eletrônica nos transportes alternativos da capital foi suspensa. Segundo a Prefeitura de Teresina, a suspensão seria temporária e ocorreu devido a supostas irregularidades no uso indevido do pagamento eletrônico. 

Alunos estão sendo obrigados a pagar a passagem inteira no transporte alternativo (Foto: Divulgação / Sintrapi)

Seis meses após a suspensão, o cenário continua o mesmo, complicando a situação de muitos estudantes que tem o direito de pagar apenas R$ 1,35 na passagem. “Como usuário de transporte alternativo, eu estou sofrendo muito para me locomover até a universidade todos os dias”, relata Victor Silva, estudante de Jornalismo da Universidade Estadual do Piauí (UESPI). O discente explica que o fato de ter que pagar 8 reais (passagem de ida e volta) todos os dias está pesando em seu orçamento. 

“Está muito ruim porque eles só estão aceitando a passagem inteira e ainda demoram para passar. Meu primeiro dia de retorno foi muito frustrante. Fiquei de 10h30 até 13h00 da tarde esperando uma Van para o Dirceu. Isso é um absurdo porque estou basicamente sofrendo pra estudar todos os dias”, conta o estudante.

Estudantes tem direito a pagar meia passagem, no valor de R$ 1,35 (Foto: Divulgação / Sintrapi)

Outra estudante da UESPI que também está enfrentando o mesmo problema se chama Débora Amorim. A discente comenta que costumava pegar Van com bastante frequência, mas com a proibição da bilhetagem, a situação está cada vez mais difícil.

“Com essa proibição da bilhetagem eletrônica fica complicado, pois moro bem longe da universidade. Pagar a passagem inteira todos os dias fica fora do meu orçamento. Nesse período, tive que buscar outras alternativas de condução, e essas outras alternativas têm intervalos enormes para passarem. Com isso, acabo chegando atrasada na universidade. Está muito difícil”, disse. 


Contraponto

Sobre o assunto, a equipe de reportagem do O DIA entrou em contato com a  Superintendência de Transporte e Trânsito (Strans) para obter esclarecimentos. Entretanto, até o fechamento desta matéria não obteve retorno. O espaço permanece aberto para esclarecimentos. 

Edição: Adriana Magalhães
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