O Estado do Piauí atingiu em 2023 a maior proporção de população com alguma fonte de renda nos últimos 11 anos. A informação consta no relatório da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. Em 2023, verificou-se que o Piauí tinha 61,9% de sua população recebendo algum rendimento.
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O número se refere ao total de rendimentos de todas as formas obtidos pela população piauiense, incluindo o do trabalho e de outras fontes de renda como aposentadoria e pensão, benefícios de programas sociais do governo, aluguéis, rendimentos de aplicações, dentre outros. O percentual de 61,9% é o maior já registrado no Piauí desde o início da série histórico, em 2012.
Naquele ano, o Piauí tinha 57,4% de sua população recebendo algum rendimento. Comparado a 2023, o aumento foi de 5,4 pontos percentuais em pouco mais de uma década. A nível nacional, o Piauí ocupa a 16ª posição no ranking de estados no que respeita à proporção de população com renda.
O Rio Grande do Sul é a unidade federativa onde há a maior proporção de pessoas recebendo algum rendimento no país: 70,3%. Logo em seguida aparecem Santa Catarina (69,4%) e São Paulo (68,6%). Na base do ranking encontram-se os estados com a menor proporção de população com rendimentos do país: Roraima (54,8%), Amazonas (53%) e Acre (51,5%).
Levando em consideração como fonte de renda somente o trabalho, o Piauí registrou uma queda brusca na proporção de pessoas com algum tipo de rendimento em 2020, o primeiro ano da pandemia de covid-19. Naquele ano, o Estado tinha apenas 32,4% de sua população recebendo alguma renda proveniente do trabalho.
O IBGE atribui essa queda às medidas necessárias de restrição à livre circulação de pessoas, o que reduziu a possibilidade de ocupação no mercado de trabalho e, consequentemente, reduziu a quantidade de pessoas com renda no Piauí. A partir de 2021, com a redução dos efeitos da pandemia em razão da vacinação e o afrouxamento das medidas de distanciamento social, a proporção de pessoas com rendimento oriundo somente do trabalho aumentou ano a ano, chegando ao patamar de 37,2% em 2023, o que superou inclusive o índice pré-pandemia, em 2029, de 36,8%.
Rendimentos provenientes de outra fontes fora o trabalho continuam crescendo no Piauí
A pesquisa do IBGE considera como fonte de renda também os rendimentos recebidos através de outras fontes que não o trabalho. A PNAD Contínua classifica estas fontes de renda como “outras fontes”, discriminadas da seguinte forma: Bolsa Família/Auxílio Brasil e Benefício de Prestação Continuada (BPC-LOAS), aposentadoria/pensão, seguro-desemprego, seguro-defeso, aluguel, doação de não morador e os rendimentos de aplicações financeiras.
Chamou a atenção o fato de o rendimento de outras fontes no Piauí ser de 27,5% em 2012 e este número ter saltado pata 32,7% em 2023. O aumento foi de 5,2 pontos percentuais no período de 11 anos. A maior proporção da população piauiense com rendimento de outras fontes que não o trabalho foi em 2020, por conta da pandemia de covid-19, quando o patamar atingiu 37,3%. Foi o mesmo ano em que houve queda dos rendimentos provenientes do trabalho e a criação do Auxílio Emergencial.
O rendimento proveniente de outras fontes que não o trabalho no Piauí é o maior registrado no Brasil em 2023, seguido da Paraíba (32,5%). O indicador nacional foi de 26%, ou seja, cerca de 6,7 pontos percentuais menor que o registrado no estado piauiense. A unidades federativas com os menores índices são Roraima (16,5%) e o Amapá (19,7%).
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Piauí é o quarto do país em rendimentos provenientes de programas sociais
Dentre o rendimento “outras fontes”, o IBGE insere o recebimento de benefícios sociais pelo governo. Os dados da PNAD Contínua mostram que em 2023, o maior percentual de rendimentos de “outras fontes” era representado pelos programas sociais. Significa dizer que a proporção de piauienses recebendo algum benefício do governo como fonte de renda é considerável.
Dentro destes programas sociais estão inclusos o Bolsa Família e BPC-LOAS. De acordo com o IBGE, 16,1% da população do Piauí estava incluída nestes dois benefícios, o que colocou o estado na quarta posição no ranking nacional de rendimentos provenientes de programas sociais do governo. Depois dos programas sociais, a maior fonte de rendimento dos piauienses é a aposentadoria e pensão, com 14,7%. Em seguida aparecem pensão alimentícia e doação e mesada de não morador, com 2,3%. Os rendimentos com aluguéis e arrendamentos respondem por somente 1,1% da população do Estado.
De acordo com o IBGE, os rendimentos provenientes de programas sociais no Piauí saltou de 14% em 2012 para os 16,1% registrados em 2023. Já os rendimentos de “aposentadoria e pensão saltaram de 12,3% da população piauiense em 2012, para 14,7% em 2023. Por último, os rendimentos de “aluguel ou arrendamento” passaram de 0,5% em 2012, para 1,1% em 2023. Somente os rendimentos provenientes de pensão alimentícia, doação e mesada de não morador reduziram no Estado, caindo de 2,7% em 2012 para 2,3% em 2023.
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