Seis piauienses foram presos em flagrante por terem participado dos atos contra o Estado Democrático de Direito em Brasília, no dia 08 de janeiro de 2023. É o que aponta o levantamento feito pelo Gabinete de Crise contra Atos Antidemocráticos, da Secretaria Estadual de Segurança Pública (SSP-PI), que encerrou as investigações sobre o ataque.
Durante os trabalhos, foi identificado ainda que três piauienses estavam presentes no ato, mas não foram presos. Contudo, eles também serão responsabilizados pelos respectivos crimes. Outros três piauienses foram identificados como líderes do movimento que, desde de outubro de 2022, convocam manifestantes a participarem de atos criminosos, como vandalismo de prédios públicos e suspensão de serviços públicos no Estado do Piauí.
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O levantamento apontou ainda que um piauiense foi identificado como o responsável pela arrecadação financeira para custear as despesas de uma viagem para Brasília, onde os envolvidos participariam dos atos do dia 08 de janeiro. Porém, investigadores da Polícia Civil constataram que nenhum ônibus saiu do Piauí regularmente fretado com destino a Brasília para tal evento. As pessoas identificadas e envolvidas em tais atos serão intimadas para prestarem informações para a Polícia Civil do Piauí.
A Secretaria de Segurança Pública ainda encaminhou para as Corregedorias das Polícias Civil e Militar nomes de dois policiais que também participavam da organização dos atos de vandalismo em prédios públicos e obstrução de serviços públicos no Piauí. Essas convocações aconteceram durante o mês de outubro de 2022 e esses agentes não estão na relação como participantes dos atos antidemocráticos do dia 08 de janeiro.
Dentre os piauienses presos está João de Oliveira Antunes Neto, de 19 anos. Ele teve a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O piauiense é suspeito de participar dos atos antidemocráticos ocorridos no dia 08 de janeiro, na sede dos Três Poderes, em Brasília. João está preso no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal.
João de Oliveira, de 19 anos, está preso preventivamente suspeito de participar dos atos antidemocráticos (Foto: Reprodução/Arquivo pessoal)
Além de João de Oliveira, outra piauiense identificada como Edigleuma Maria da Rocha, de 46 anos, também havia sido presa por participação nos atos em Brasília. Contudo, ela foi solta também por decisão do ministro do STF. O nome da piauiense consta na lista dos presos que obtiveram liberdade provisória mediante medidas cautelares.
Ao todo, 739 devem seguir presas para garantia da ordem pública e para garantir a efetividade das investigações. Nos casos, o ministro apontou evidências dos crimes previstos nos artigos 2º, 3º, 5º e 6º (atos terroristas, inclusive preparatórios) da Lei 13.260/2016, e nos artigos do Código Penal: 288 (associação criminosa); 359-L (abolição violenta do estado democrático de direito); 359-M (golpe de estado); 147 (ameaça); 147-A, inciso 1º, parágrafo III (perseguição); e 286 (incitação ao crime).