Dois dos acusados de terem participado do assalto que resultou na morte do estudante de Direito João Pedro Lima Teixeira, em Teresina, foram soltos pela polícia na manhã desta segunda-feira (20). Identificados pelas iniciais R.F.O e A.M.S, eles foram ouvidos pelos policiais do Departamento de Homicídios e ficou constatado que não havia provas suficientes que ligassem os dois diretamente ao latrocínio do estudante.
João Pedro foi assassinado em tentativa de assalto - Foto: Reprodução/Redes Sociais
A informação foi confirmada pelo coordenador do DHPP, delegado Francisco Baretta. Ele explica que R.F.O, que havia sido preso sob suspeita de ter dado fuga a Victor e A.M.S, não teve sua participação no crime confirmada. “Ele tinha a alegação de que o Vitinho tinha pedido a ele para dar fuga, mas ele não aceitou. Ele sequer planejou, então não houve a execução. Ele foi ouvido em depoimento e ficou constatado pela autoridade policial que ele não teve participação”, explicou Baretta.
Já quanto a A.M.S, ele foi preso sob suspeita de ser o receptador dos celulares roubados. Ele também foi interrogado e, segundo Baretta, o delegado que conduz o inquérito achou por bem avaliar a procedência dos aparelhos antes de fato indiciar A.M.S pelo crime de receptação paralelo ao crime do latrocínio.
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“Ele tinha como função resetar os aparelhos roubados, mas como o crime de receptação é um crime autônomo, acessório, mas parasitário do crime anterior, a autoridade policial resolveu se cercar de mais elementos para saber se ele vai ser indiciado por receptação qualificada ou por associação criminosa. No momento, ele seria autuado por receptar produto de roubo e isso não ia levar a nada. Então para não contaminar o processo, o delegado decidiu prosseguir com os 10 dias que ainda temos para fechar tudo”, detalhou Baretta.
O delegado Francisco Baretta deu detalhes do inquérito - Foto: Assis Fernandes/O Dia
O único que permanece ainda preso pelo assassinato de João Pedro Teixeira é Victor Daniel Moraes Silva, apontado como sendo o autor do disparo que tirou a vida do estudante. Conforme a polícia, ele estava na garupa da motocicleta e foi autuado em flagrante pelo latrocínio. No momento de sua prisão, Vitinho, como é conhecido no mundo do crime, estava com as roupas que usava no dia do latrocínio e com a arma usada no cometimento do delito.
Ele teve sua prisão em flagrante homologada e convertida em preventiva pelo juiz após audiência de custódia. “Não restou dúvida da participação do indivíduo, que atirou. Foram feitas diligências onde ele morava, de princípio não logramos êxito, mas ele foi capturado junto com a roupa e a arma que usava no dia do crime. Nós não trabalhamos com suposição e tudo que falamos, nós provamos. Os elementos probatórios já estão no auto de prisão”, finalizou Baretta.
Fonte: Com informações de Raimundo Lima, da O Dia TV