Vereadores de Teresina confirmaram na manhã desta quinta (01) que uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) deve ser aberta na Câmara Municipal já na próxima quarta-feira para investigar a crise na saúde da capital. A revelação foi feita durante vistoria no Hospital do Buenos Aires, interditado pelo Conselho Regional de Medicina. Uma audiência pública ocorrerá na próxima terça e pode deliberar pela abertura da CPI.
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A crise na saúde que culminou com a interdição da unidade hospitalar, começou na última sexta quando a cúpula da Fundação Municipal de Saúde foi exonerada, além do diretor do Hospital de Urgência de Teresina (HUT). As mudanças seriam coordenadas pela primeira-dama do município, Samara Conceição Rodrigues , que briga internamente pelo controle da fundação com o atual presidente, Dr. Gilberto Albuquerque. A Diretora de Assistência Especializada da Fundação Municipal de Saúde, Amariles Borba, também pediu exoneração.
FOTO: Ascom PMT
O ex-presidente da FMS, vereador Luiz Lobão (MDB), lamentou a grave crise e confirmou que a CPI deverá ser aberta. Questionado se os vereadores estavam "esperando" a situação piorar, o parlamentar foi incisivo. “Não esperamos até agora, o Dr. Gilberto foi convocado três vezes a Câmara Municipal de Teresina para prestar esclarecimentos. Estamos aqui mais uma vez mostrando que estamos ao lado da população de Teresina. Tudo indica que sim, poderemos abrir uma CPI. Teremos uma audiência pública na terça e iremos decidir se abriremos uma CPI que poderá ser votada na quarta”, afirmou o vereador.
FOTO: Nathalia Amaral/ O DIA
Já o futuro presidente do legislativo, Enzo
Samuel (PDT), comentou sobre o quadro encontrado no Hospital do Buenos
Aires. “Recentemente o orçamento foi
votado propondo um remanejamento para a área da saúde, isso mostra que os
vereadores estão atentos à situação de Teresina. Os maiores problemas no
momento são a falta de insumos e de profissionais. Acho que o momento é de
procurar o diálogo, sentar com a Prefeitura, o Ministério Público, o CRM e a Câmara
para que a gente possa resolver esse problema o quanto antes. A crise é grave. Não
acho que o momento seja para uma discussão política”, finalizou o vereador.
FOTO: Nathalia Amaral/ O DIA