Após denúncias do Portal O Dia mostrando a falta de insumos
básicos no sistema de saúde de Teresina, vereadores aprovaram por unanimidade,
na Câmara Municipal, o convite ao presidente da Fundação Municipal de Saúde, Gilberto
Albuquerque, para prestar esclarecimentos. Desde o ano passado teresinenses sofrem com a falta de
ítens como luvas, seringas e soro fisiológico.
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De acordo com os parlamentares um possível “colapso” pode ocorrer na saúde do município já nos próximos meses. O vereador Leonardo Eulálio denunciou que quase todo o orçamento da saúde para este ano já teria sido utilizado. “A Fundação Municipal de Saúde já gastou mais de 80% do orçamento para 2022, ainda estamos em setembro. O que estou alertando é que vai entrar em colapso. Já temos falta de medicamento, falta de leite, falta de insumos, cirurgias que estão sendo proteladas. Estamos em alinhamento com o Ministério Público para investigar” denunciou o parlamentar
Nesta terça quem denunciou foi o ex-líder de governo, Enzo Samuel, autor do requerimento que convidou o presidente da FMS para prestar esclarecimentos. “Sou pai de criança com APLV, que é alergia de proteína ao leite de vaca, isso é um problema muito sério e as crianças estão sem essa alimentação em Teresina. Por ser um alimento especial são leites que chegam a custar R$ 500 e durar de três a cinco dias. Essas pessoas não podem ficar sem assistência. Queremos saber o que está acontecendo e como podemos ajudar. O quanto antes esperamos que o Dr. Gilberto, presidente da FMS, venha na Câmara para prestar esclarecimentos”, disse o vereador.
O Portal O Dia aguarda, desde a última terça (13), um posicionamento da Fundação Municipal de Saúde a respeito das denúncias. A assessoria do órgão revelou apenas que “iria ver se procedia” as denúncias feitas, porém não retornou desde então.
Foto: Tarcio Cruz/ O DIA
Solução seria uma grande licitação
O vereador Leonardo Eulálio criticou a atuação condução da FMS e apontou os erros que o presidente Gilberto Albuquerque estaria cometendo. “Estou alertando isso, o MP está indo cobrar. A grande questão é que o nosso amigo Gilberto quando vem aqui ele atribui a falta de insumos e medicamentos a guerra na Ucrânia e não traz resoluções. A solução deveria partir de uma licitação ampla, planejamento para 2023, quero saber de onde a Prefeitura vai tirar o dinheiro para cobrir os buracos que ficarão com a saúde”, concluiu.
FOTO: Tarcio Cruz/ O DIA