Comerciantes da zona Leste de Teresina contabilizaram, na manhã
desta segunda (07), os prejuízos causados pela chuva da na noite de sexta que
causou estragos na cidade. A região foi uma das mais atingidas pelo temporal. A
força da água invadiu estabelecimentos, arrastou carros e abriu uma cratera na
Rua Eustáquio Portela. A professora da rede municipal de ensino, Wana Sara Cavalcante Henrique, morreu após ter o seu veículo arrastado pela forte enxurrada que atingiu o cruzamento da Avenida Homero Castelo Branco com a rua Eustáquio Portela.
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Dono de uma banca de revista exatamente no cruzamento das
vias, Francisco Andrade, 68 anos, revelou que sua banca quase caiu dentro da
cratera que se abriu com o afundamento da rua Eustáquio Portela. Segundo ele,
nunca tinha presenciado uma chuva tão forte quanto a do fim de semana.
O empresário criticou a Prefeitura por intensificar a obra
justamente no período chuvoso, após um ano de obra parada. “Não queria que eles
fizessem nesse período, passou quase um ano sem chuva, aí começou a fazer o
serviço depois da chuva. Ficamos fechados por garantia. Todos os anos a gente
sofre com alagamento, mas esse sábado aí foi uma recorde, já vi carregar carro,
moto, mas essa foi lapada mesmo a chuva. Dentro do estabelecimento não tivemos
prejuízo. Vamos nos reunir hoje com a Saad Leste”, disse o empresário.

FOTO: Jorge Machado/ODIA
Já o jovem Allysson Daniel, 21, dono de um chaveiro no
cruzamento, lamentou a tragédia e fez um balanço negativo das vendas com o
fechamento da avenida Homero Castelo Branco. “Caiu totalmente o rendimento de
serviço, está complicado para aparecer serviço para poder fazer, quando cheguei
aqui estava tudo enfaixado, nem sabia que estava fechado. Depois fiquei sabendo
que tinha caído um carro com uma mulher. Graças a Deus aqui na loja não tive
danos com a enchente, pela primeira vez entrou água no estabelecimento, mas não
danificou nada”, concluiu o trabalhador.
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