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Jovem que ateou fogo em ônibus na Praça Saraiva teve surto psicótico

O laudo médico do rapaz atesta que ele possui Transtorno do Espectro Autista (TEA); Justiça decreta prisão preventiva do mesmo

29/09/2022 15:04

O jovem que ateou fogo em um ônibus na Praça Saraiva, no Centro de Teresina, na última terça-feira (27), sofreu um surto psicótico, conforme atesta laudo médico. O rapaz tem 24 anos e é diagnosticado com transtorno do Espectro Autista (TEA). Ele faz uso de medicação controlada e tem acompanhamento psiquiátrico. 


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Corpo de Bombeiros controlou o fogo causado pelo jovem de 24 anos (Foto: Jailson Soares/ODIA)

Apesar do laudo, a Justiça do Piauí decretou a prisão preventiva do jovem durante audiência realizada ontem (28). “Não existem nos autos documentos que provem a sua inimputabilidade, até porque a sua possível condição de autista não significa dizer que ele é inteiramente incapaz de entender e de se determinar de acordo com a conduta praticada”, disse o magistrado. 

Foi determinado ainda que a unidade prisional providencie exames médicos e psiquiátricos a fim de avaliar a necessidade de internação do jovem. A defesa informou que irá recorrer e pedir habeas corpus.


Entenda o caso

Um homem ateou fogo em um ônibus da empresa Timon City na Praça Saraiva, localizada no Centro de Teresina, na tarde de terça-feira (27). Ele estaria vingando a morte de Amanda Santos Carvalho, de 22 anos, que foi atropelada e arrastada por um ônibus em agosto deste ano. 

Segundo informações de passageiros, o homem teria apedrejado o ônibus e, logo após adentrá-lo, pediu para que todos deixassem o veículo. De acordo com o delegado geral Lucy Keiko, o crime é considerado grave, pelo fato de ter colocado uma grande quantidade de pessoas em risco. “Ele adentrou falando uma série de coisas e isso será checado ao ouvirmos as testemunhas. É um crime grave, pois ele colocou muitas pessoas em risco”, disse. 

O homem escreveu ainda uma carta, onde afirma que o ato seria uma vingança. "Hoje a justiça está sendo feita em nome dela e de sua família", diz a carta. 

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