Uma audiência na Câmara Municipal de Teresina
nesta terça-feira (07) debateu a crise do transporte público com o impasse entre
Prefeitura de Teresina, Setut e trabalhadores do sistema de transporte coletivo
da capital. Com as reuniões recentes não encontrando uma solução para o
pagamento das empresas, e consequentemente, não pagando os trabalhadores, a
categoria avalia a possibilidade de uma nova greve geral no transporte coletivo de Teresina.

(Foto: Assis Fernandes / O DIA)

(Foto: Assis Fernandes / O DIA)
Antônio Cardoso, presidente do Sindicato dos
Trabalhadores do Transporte Rodoviário de Teresina (Sintetro), disse em
entrevista ao O Dia que novamente o impasse entre pagamentos da PMT para o
Setut travam uma resolução do problema. “Não houve nenhum avanço. Eles vieram
com uma conversa de que a prefeitura não teria dinheiro, e que eles só tinham
um aporte de R$ 850 mil, que só daria para os tickets alimentação. Então não
ficou nada resolvido. A gente tem um prazo de até 0h para resolver esse
problema. Se não tiver, vamos ter que fazer uma coisa que não gostamos:
infelizmente, parar Teresina”, disse o representante da categoria.

(Foto: Tarcio Cruz / O DIA)
“Estou no sistema desde 1991. Nunca vi
a gente falar tanto de transporte público como nessa gestão. Está um caos. Cadê
os R$80 e poucos milhões que foram designados para a STRANS resolver o problema”,
questionou Antônio Cardoso. A audiência foi requerida pelo vereador Dudu (PT).

(Foto: Assis Fernandes / O DIA)
O petista disse ainda que defende “o
rompimento do contrato com o Setut” e que afirmou que os vereadores não têm
mais "cara lavada" para discutir o problema do transporte. Cardoso
também teceu críticas ao Sindicato que representa as empresas. Ele chegou a
dizer que o “Setut é um câncer no sistema de transporte público de Teresina” e
que “eles não querem resolver esse problema”.

(Foto: Arquivo O Dia)
Ontem,
Sintetro havia descartado greve
Os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina estiveram
reunidos na segunda (06) para discutir sobre a possibilidade de novas
paralisações no transporte público da capital a exemplo da
que foi feita no começo da manhã. No entanto, a categoria havia descartado o risco de deflagrar greve por tempo indeterminado porque, segundo ele, isso poderia acabar
levando a uma demissão em massa dos trabalhadores.
Antônio
Cardoso explicou: “a gente não vai fazer greve porque é isso que o prefeito
quer. Há apenas uma espera por parte da Prefeitura de que a gente venha a
anunciar uma greve oficialmente para que ela possa trazer empresas de fora para
atuarem de forma irregular no sistema de
transporte de Teresina. Isso a gente não vai permitir, porque vai desencadear
um desemprego em massa da categoria, da manutenção ao tráfego”, explicou
Antônio.
O que diz a STRANS e o Setut
A reportagem de O Dia procurou
uma resposta da STRANS e do Setut acerca das denúncias. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina informou que não vai se manifestar sobre as falas do presidente do Sintetro. E até o momento, a STRANS não enviou resposta. O espaço continua aberto para esclarecimentos.
Confira o vídeo:
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