Uma assembleia geral foi
realizada na manhã desta sexta-feira (17) na sede do Sintetro, o sindicato que
representa os motoristas e cobradores de ônibus de Teresina. Na oportunidade, eles
debateram uma proposta informal ofertada por um consórcio – que não se
identificou – para os trabalhadores. Edilane Sousa, vice-presidente do
Sindicato, não detalhou a proposta, mas informou que os trabalhadores
rejeitaram.
Sendo assim, a greve
continua em Teresina por tempo indeterminado. Esta sexta-feira é o quinto dia do
movimento grevista. Eles reivindicam o pagamento dos salários atrasados
referentes ao mês de fevereiro e melhores condições
de trabalho: muitos dos profissionais estariam com problemas de saúde mental
devido aos atrasos.

Foto: Assis Fernandes / O Dia
Nesta
quinta-feira (16) uma decisão liminar proferida pela juíza titular da 1ª Vara
do Trabalho de Teresina, Thania Maria Bastos, determinou que empresas de ônibus que operam o sistema de transporte coletivo de Teresina devem efetuar o pagamento de motoristas e
cobradores em até 24h.
Ainda
segundo Edilane, a porcentagem da frota a circular nas ruas durante a greve,
vai depender dos próprios trabalhadores. “Nós do Sintetro não estamos impedindo
ninguém de trabalhar. Mas depende deles sair para rodar ou não. A maioria não
quer, porque não tem garantia do pagamento”, disse.
Na última reunião ocorrida entre o Setut e o Sintetro, os
empresários ofereceram reajuste de 6% no salário dos trabalhadores e aumento no
tíquete alimentação e auxílio saúde. Para o presidente do Sintetro, Antônio
Cardoso, a proposta é falaciosa. A categoria rejeitou o que o Setut propôs e
disse que a partir de agora não negocia mais com os empresários. Mobilizados em
frente ao Palácio da Cidade, os motoristas e cobradores esperam ser recebidos
pelo prefeito Dr. Pessoa e pelo secretário municipal de Governo, Michel
Saldanha, para que a Prefeitura apresente uma proposta de modo a suspender a
greve ao menos até o final deste mês.
A GREVE
Os
trabalhadores do transporte coletivo de Teresina estão em greve desta a última
segunda-feira (13). A frota de ônibus foi reduzida para 30% e os profissionais
realizaram atos públicos na Assembleia Legislativa e no Palácio da Cidade. Os
trabalhadores reivindicam além do atraso nos pagamentos, assinatura da
Convenção Coletiva de Trabalho e melhores condições de trabalho.
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