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DER realiza obras na entrada da Vila São Francisco, na zona Sul de Teresina

O acesso à rua Antônio Gregório Veras estava comprometido, até a manhã desta quarta-feira (23) devido aos buracos causados pela obra. Mas o DER já realizou obras emergências no local, para liberar o trânsito na região.

23/02/2022 16:30

Atualização

Na manhã desta quarta-feira, 23, a equipe de reportagem do Portal O Dia esteve na Vila São Francisco, na zona Sul de Teresina, para apurar denuncias de moradores da Vila com respeito às obras da BR-316. procurado por nossa reportagem a SAAD Sul e o DER informaram que realizaram obras paliativas no local para resolver o problema. 

Confira a notas dos dois órgãos e as fotos da ação do DER na Vila São Francisco. 

A Superintendência das Ações Administrativas Descentralizadas Sul, por meio de sua Gerência de Obras, informa que já ocorreu um alinhamento técnico junto ao corpo de engenharia do DER e foi acordado que a SAAD Sul, por sua vez, tomasse medidas paliativas para amenizar os transtornos no local durante o período chuvoso. Essas ações devem ser iniciadas ainda no mês de março. Ao final do período chuvoso o DER deve iniciar a execução de uma medida para que a problemática seja solucionada de maneira definitiva.


O Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER-PI), por meio da Gerência de Construção, informa que há uma equipe executando reparos na BR-316, na entrada da Vila São Francisco, na zona Sul. Devido ao período chuvoso, a obra ainda não tem caráter definitivo mas resultará na liberação do acesso de veículos e moradores até o final da tarde de hoje, 23.





Matéria original

As obras de duplicação da BR-316, na entrada da Vila São Francisco, Zona Sul de Teresina, vêm causando sérios transtornos aos moradores da região. O acesso à rua Antônio Gregório Veras estava comprometido devido aos buracos causados pela obra. E, por isso, os ônibus deixaram de circular na via que estava intransitável, comprometendo a rotina de muitas pessoas. Após a passagem da nossa equipe pelo Vila São Francisco, equipes do DER executaram obra paliativa no local, com o objetivo de recuperar o sistema de drenagem com reconstrução dos pontos danificados pelas chuvas e recompor o acesso com asfalto.


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(Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Segundo os moradores, acidentes no local são comuns, onde várias pessoas já caíram por conta dos buracos. De acordo com Socorro Ribeiro, dona de casa e ex-presidente da Associação de Moradores que mora na Vila São Francisco há 40 anos, quando chove, a água entra pela rua e alaga as casas.


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“As casas ficam totalmente alagadas. Hoje mesmo entrei em contato com os engenheiros e eles falaram que viriam hoje. Se vocês tivessem chegado há minutos atrás, teriam visto uma moça que caiu de moto por causa dos buracos. Os veículos também saem prejudicados. Como representante dos moradores, eu não tenho muito o que fazer além de entrar em contato com eles. Nós queríamos que, ao menos, arrumassem essa entrada”, afirma.

(Foto: Assis Fernandes/ODIA)

A ex-presidente da Associação de Moradores destaca que os moradores acabam ficando isolados na região, onde nem motoristas por aplicativos querem aceitar a corrida. “Aqui temos pessoas fazendo tratamento, temos idosos, cadeirantes, crianças, nem Uber que a gente paga, querem vir”, comenta.

Além destes problemas, ainda há a questão das casas que também saem prejudicadas com a obra. Samara Lopes, de 25 anos, acabou perdendo seu lar. Em maio de 2020, sua casa caiu devido a obra e só deu tempo tirar os documentos e algumas peças de roupa. Todo o resto foi perdido.

(Foto: Assis Fernandes/ODIA)

A casa era de barro e os órgãos responsáveis construíram uma nova de alvenaria no mesmo local. Apesar disso, a rua e a calçada continuam "desmoronando" sempre que chove e a moradora tem medo que possa acontecer novamente. 

Grávida de 8 meses e com três filhos, Samara comenta a dificuldade que é viver nestas condições. “Derrubaram a minha casa e construíram outra, mas não colocaram água ou energia. Mal fizeram as instalações. É uma área de risco e tenho medo da casa acabar caindo novamente. Aqui moram 8 pessoas, sendo 4 crianças”, pontua.

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