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Teresina traça plano emergencial para atender famílias desabrigadas pela chuva

Famílias que eventualmente ficarem desabrigadas deverão ser alocadas em abrigos e não em escolas.

21/11/2023 às 12h00

21/11/2023 às 12h54

O teresinense tem sofrido com os efeitos da onda de calor que atinge o Brasil nos últimos dias, mas as altas temperaturas não são a única preocupação no momento. Historicamente, a capital piauiense registra todo começo de ano um aumento considerável no volume de chuva.

Mais chuvas significam mais riscos de alagamentos, enchentes e inundações. Em geral é nos primeiros meses do ano que sobe o número de famílias desabrigadas devido aos desastres naturais em Teresina. Para garantir que estas pessoas tenham assistência em uma eventual necessidade de desocupar áreas de risco, a Prefeitura está traçando um plano emergencial de acolhimento a possíveis vítimas da chuva em 2024.

Aumento da chuva se concentra nos primeiros meses do ano em Teres - (Jailson Soares/O Dia) Jailson Soares/O Dia
Aumento da chuva se concentra nos primeiros meses do ano em Teres

A primeira reunião do Comitê de Enfrentamento aos Desastres Naturais aconteceu na manhã desta terça-feira (21). O encontro contou com representantes da Eturb (Empresa Teresinense de Desenvolvimento Urbano), da Semduh (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano e Habitação), Semcaspi (Secretaria Municipal de Assistência Social), Defesa Civil e das SAAD's.

Na reunião foram discutidas ações que serão tomadas em conjunto por estes órgãos para atuar de forma preventiva junto às áreas de risco da capital. Os gestores apresentaram sugestões de locais que podem servir de abrigo a famílias desabrigadas já que o poder público não pretende mais utilizar escolas para recebê-las.

A não utilização das escolas públicas municipais para acolhimento de desabrigados pela chuva era um pedido antigo da Defesa Cvil Municipal. O órgão afirma que as unidades de ensino devem receber os desabrigados somente em último caso e a prioridade deverá ser dada aos abrigos da capital.

Quem explica é o presidente do Comitê Emergencial, Edmilson Ferreira.

"Recebemos as sugestões de locais que podem servir de abrigo justamente porque não pretendemos utilizar as escolas. Os gestores também estão fazendo o levantamento dos equipamentos e veículos já disponíveis e começando a elaborar as escalas de plantão".

Edmilson Ferreirapresidente do Comitê de Enfrentamento a Desastres Naturais de Teresina

Ações são voltadas para prevenção

Neste primeiro momento, as ações do Comitê de Enfrentamento aos Desastres Naturais focará na prevenção, já que as chuvas ainda não iniciaram. Estão sendo planejados também a distribuição de kits de higiene, cestas básicas e colchões. Este material deverá ser entregue às famílias afetadas em eventuais momentos de crise.

O comitê se reunirá semanalmente para alinhar estratégias e modificá-las quando necessário.

Estão sendo planejados também a distribuição de kits de higiene, cestas básicas e colchões - (Assis Fernandes/O Dia) Assis Fernandes/O Dia
Estão sendo planejados também a distribuição de kits de higiene, cestas básicas e colchões

Áreas críticas já estão sendo monitoradas

As regiões de lagoas e com grande concentração de galerias estão recebendo atenção especial neste período que antecede as chuvas em Teresina. O plano faz parte das ações do Comitê de Enfrentamento aos Desastres Naturais, que, vem traçando ações de contenção de danos para os primeiros meses de 2024.

O foco é na limpeza das galerias e manutenção dos sistemas de bombeamento, segundo explica o secretário municipal de Defesa Civil, Carlos Ribeiro. "Algumas regiões de Teresina, que historicamente possuem problemas de alagamentos como a zona Norte e o Residencial Pedro Balzi, vão receber atenção especial", disse o gestor.

A Defesa Civil Municipal disse que trabalha "conforme o que a natureza der", se antecipando ao que já se conhece sobre o período chuovo na capital. "Nossa ação é de contenção de danos, ações preventivas pra que não tenham nenhum prejuízo maior", finaliza Carlos Ribeiro.