O gerente de Operações da Defesa Civil Municipal, Marcos Rolf, informou, nesta quarta-feira (09), que as famílias que, eventualmente, ficarem desabrigadas devido às chuvas na Capital não devem ser encaminhadas para escolas municipais, como foi feito durante o período chuvoso deste ano. Segundo ele, a medida só será adotada em "último caso".
De acordo com Marcos Rolf, equipes da Prefeitura de Teresina devem visitar ainda hoje os novos locais que deverão receber as famílias desabrigadas. Contudo, o gerente de Operação não informou quais serão esses abrigos. Em 2022, Teresina chegou a ter 776 famílias desalojadas por conta das chuvas. Atualmente, 26 famílias desalojadas estão acolhidas em dois abrigos: o Abrigo Provisório Tenente-Coronel Costa Neto e o Centro de Capacitação da Redenção.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Para o próximo ano, a pasta deverá ter um orçamento de R$ 1,9 milhão para realizar ações de proteção e defesa civil no âmbito do município de Teresina. O valor representa uma redução de 55,6% no orçamento em relação a 2022. Apesar do corte, o gerente garantiu que a pasta já possui um plano de ação para ser implementado em caso de emergência relacionada às chuvas.
"As chuvas não estavam programadas para esse período, mas estamos com o plano preparado para qualquer situação no ano. A população precisa dessa resposta de emergência e estamos preparados para qualquer situação. Vamos sair para visitar os locais e deixar certo para caso haja necessidade. As escolas serão [usadas] em último caso. Temos outros locais", afirmou.
Na manhã de hoje, o prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, participou de uma reunião com diversas secretarias para alinhar ações conjuntas de prevenção a desastres relacionados ao período chuvoso. "Fizemos a reunião para ver todos os pontos de vulnerabilidade, para termos um resultado menos danoso para as famílias vulneráveis", destacou.
Foto: Assis Fernandes/O Dia
Segundo Dr. Pessoa, a Prefeitura já dispõe do terreno e dos recursos para construir novas moradias para as famílias residentes em áreas de risco. Contudo, as famílias tem "criado dificuldades". "Muitas famílias criam dificuldades e não querem sair, e os entraves do olhar jurídico. que estão contribuindo para as moradias não estarem em seus lugares definitivos. Temos dois ou três lugares para iniciar a construção das casas, já está na fase final de licitação", completou.