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Uso do banheiro motivou discussão, diz acusado de atirar em filho do presidente do TJPI

Os especialistas não descartam a possibilidade do advogado perder a visão do olho atingido pelo tiro

26/03/2023 16:55

O uso do banheiro de um bar localizado na avenida São Sebastião, em Parnaíba, deu início a discussão que terminou com advogado André de Almeida Soua, filho do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí, Hilo de Almeida, baleado gravemente no rosto. Essa foi a versão apresentada pelo acusado do crime Jefferson da Silva Cruz, preso na noite desse sábado (25)

Em depoimento na Central de Flagrantes de Parnaíba, Jefferson disse que estava no banheiro quando o advogado chegou e teria forçado a entrada no local. Após o início da discussão, o advogado teria mandado ele calar a boca. Nesse momento ele teria sacado a arma e efetuado o disparo.

Foto: Divulgação / PMPI

“O desentendimento foi no banheiro, porque ele quis entrar e eu estava na minha privacidade. Ele mijou do lado de fora mostrando para todo mundo. Um amiga minha foi lá conversar com ele. Ai eu fui lá buscar minha amiga e ele mandou eu calar a boca. Eu disse que não ia calar não, ai ele veio para cima de mim me agredindo, ele e outro. Eu não tinha o que fazer”, disse. 

Jefferson negou que integra uma facção criminosa com atuação no litoral do Piauí. Ele disse que a casa que ele estava foragido foi ele mesmo que alugou, descartando que estivesse sobre a proteção da facção. O acusado disse ainda que tinha a intenção de se entregar para a polícia.

“Eu ia me entregar. Se eu fosse me entregar eu tinha ido embora. Só queria tirar minha esposa daqui porque ela está grávida. Eu ia me entregar”, afirmou. Ele negou também que tenha o apelido de “Anjo da Morte”. 

O CASO

O advogado André de Almeida Sousa, 37 anos, filho do presidente do Tribunal de Justiça do Piauí (TJ-PI), Hilo de Almeida, foi baleado na madrugada da última quarta-feira (22), em Parnaíba. Ele foi transferido para Teresina e deu entrada noHospital Universitário da Universidade Federal do Piauí (HU/UFPI). 

A vítima foi submetida a uma cirurgia que teve duração de sete horas e foi “extremamente delicada". Apesar de bem sucedida, os especialistas não descartam a possibilidade do advogado perder a visão do olho atingido pelo tiro.

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