O Núcleo de Feminicídios do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) concluiu, no último dia 18 de fevereiro, o inquérito policial do assassinato da influenciadora digital Samya Silva, também conhecida como Samynha. Ao todo, quatro pessoas foram indiciadas pelo crime. Segundo a delegada Nathalia Figueiredo, todos seriam integrantes do Bonde dos 40, uma facção criminosa maranhense que tem ramificações no Piauí.
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Raimunda Nonata Vitória da Silva, Felipe de Sousa Amorim, Israel Boanerges Ribeiro de Sousa e Davdy Jhorrany Moreira Dourado foram indiciados por homicídio triplamente qualificado. Davdy teria sido um dos executores e Raimunda foi a responsável por atrair Samynha para o local do crime. Os quatro foram presos preventivamente.
“A morte de Samya foi, de fato, em decorrência da guerra de facções. Samynha era envolvida com o PCC e foi morta por faccionados de uma organização rival. Eles decretaram a morte de Samynha. Davdy foi o responsável por realizar os disparos de arma de fogo que levaram a vítima a óbito”, explica Nathalia Figueiredo em entrevista a O Dia TV.
Conforme a delegada, um outro inquérito com prazo de 30 dias foi instaurado a fim de identificar outros suspeitos de participarem do crime. “Sabemos que houve o envolvimento de outras pessoas no assainanto e, por isso, instauramos um segundo inquérito. Novas pessoas serão indiciadas e responsabilizadas pelo crime”, disse.
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Relembre o caso
Samya Silva foi morta a disparos de arma de fogo na tarde do dia 1º de outubro de 2023, um domingo. Ela estava em um motocicleta, juntamente com outras duas amigas, quando foi morta com seis disparos na Avenida João XXIII, zona Leste de Teresina. Imagens de câmeras de segurança flagraram a jovem sendo perseguida na rua Coronel Belisário da Cunha, antes de ser morta a disparos de arma de fogo.
As investigações preliminares do caso apontaram que Samynha já estava sendo vigiada antes do seu assassinato.
No incio deste ano, um homem identificado como Herbert foi preso por ser o mandante do assassinato de Samya Silva. Segundo informações da Polícia Civil, ele já respondia por homicídio, tinha forte liderança no Bonde dos 40 e teria dado apoio aos executores com o veículo Gol usado no crime. Conforme o delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, o acusado morreu antes de prestar depoimento.