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Ônibus alternativos cobram tarifas abusivas durante a greve do transporte, denuncia Setut

A população relata que a cobrança varia de R$5 a R$7 nos dias de greve.

25/03/2022 10:05

Com a greve dos motoristas e cobradores do transporte público de Teresina, deflagrada na segunda-feira (21), a Prefeitura de Teresina cadastrou 250 ônibus alternativos para assistir a população neste momento, porém, os valores cobrados por estes veículos estão sendo considerados abusivos, segundo o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut) e usuários.


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De acordo com Vinícius Rufino, coordenador técnico do Setut, os veículos não estariam cobrando o valor da tarifa autorizada pela Strans para o sistema convencional, que há três anos custa R$4. A população relata que a cobrança varia de R$5 a R$7 nos dias de greve.

"O sistema de transporte tem sido comprometido pela falta de ações efetivas do município e aguardamos novos direcionamentos para compatibilizar as questões entre empregadores e trabalhadores. Atualmente, a Prefeitura já deve aos quatro consórcios, de janeiro de 2021 a fevereiro de 2022, cerca de R$72 milhões, comprometendo para o funcionamento de qualidade e que tanto a sociedade teresinense merece”, disse.

(Foto: Assis Fernandes/ODIA)

Ainda segundo o sindicato das empresas de transporte de Teresina, os veículos cadastrados somente aceitam o pagamento da passagem em espécie, bem como não é respeitada a cobrança da meia passagem para estudantes e o direito à gratuidade. Outro ponto levantado pelo Setut é com relação à rota que os ônibus alternativos circulam em horário de pico, os veículos só passam em linhas com maior quantidade de passageiros, deixando locais com menos movimentação desassistidos.


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Além disso, os veículos cadastrados pela Strans não possuem as exigências legais e regulamentadas quanto à segurança e características dos ônibus, da mesma forma que são exigidas das empresas do sistema convencional.

De acordo com o Setut, mesmo após decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), o Sintetro não tem cumprido a determinação de circulação de 80% de frota nos horários de pico e 60% nos entrepicos. Segundo o Setut, 100% da frota operante segue sem funcionamento, devido ao impedimento do Sindicato dos Trabalhadores.

Contraponto

A equipe de reportagem do PortalODIA.com entrou em contato com a Strans para obter um posicionamento sobre a fiscalização da estrutura dos veículos alternativos cadastrados, do preço cobrado nas passagens e da rota feita pelos ônibus, entretanto, até a conclusão da matéria, não obteve retorno. O espaço está aberto para esclarecimento.

Fonte: Com informações do Setut
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