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Retrospectiva 2022: no Piauí, vacinação infantil contra a Covid-19 segue sendo um desafio

O ano também finaliza com uso de máscaras obrigatórios em ambientes fechados após aumento de casos da doença

24/12/2022 12:08

Após quase três anos de pandemia da Covid-19, 2022 foi marcado pela crescente esperança em deixar para trás esse cenário. A vacinação contra o vírus avançou em todo o Piauí e as pessoas finalmente começaram a sentir que a normalidade da vida cotidiana estava de volta. Festas, reuniões e grandes aglomerações voltaram a ocorrer normalmente, sem máscara e sem álcool em gel. Todavia, em meio a esperança, o medo novamente se instala no estado: em novembro deste ano, o índice de casos de Covid subiu quase 300% e, com isso, o uso de máscaras voltaram a ser obrigatórias em ambientes fechados.


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Entre novembro e o início de dezembro de 2022,testes começaram a faltar nas Unidades Básicas de Saúde de Teresina devido a alta demanda; leitos foram novamente direcionados exclusivamente para a Covid-19;houve falta de profissionais e insumos para atender a quantidade de pacientes com suspeita da doença e o risco de transmissão do vírus passou a preocupar as autoridades públicas. 

(Foto: Arquivo O DIA)

Entretanto, no período de 04 a 10 de dezembro, houve uma leve redução do número de casos da doença, saindo de 524% para 391%. Os óbitos também tiveram uma redução de 100% para 14%. Essa baixa representa uma maior estabilidade e pode soar animadora. Mas, ainda é preciso reforçar as medidas de proteção contra a doença. 

“Devemos continuar usando as máscaras para que a gente siga protegido e, muito em breve, vamos estar de volta à rotina sem hospitalização ou morte. Além disso,é importante concluir o esquema vacinal para que todos possamos ficar mais tranquilos em relação à doença”, diz o secretário de estado da Saúde, Neris Júnior. 

Piauí atinge recorde de vacinação contra a Covid

Em outubro deste ano, o Piauí atingiu o maior percentual de vacinação da população acima de 40 anos contra a Covid-19. De acordo com o Programa Nacional de Imunização (PNI), o estado atingiu 99,5% do público acima de 40 anos. 

O Piauí também bateu o recorde de vacinação em pessoas de 18 a 39 anos, com 91,4% dessa população vacinada. Já no público de 12 a 17 anos, a porcentagem é de 84,5%. O professor doutor Emidio Matos, membro do Comitê Estadual de Operações Emergenciais contra a Covid-19 do Estado e do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP), comenta que atingir esse recorde significa que o Piauí vai muito bem no quesito vacinação.

“Mais uma vez o Piauí mostra sua responsabilidade quando se trata de Covid. Queremos afastar o vírus da Covid do convívio da nossa população”, destaca o superintendente de Atenção à Saúde e Municípios da Sesapi, Herlon Guimarães.

Vacinação infantil ainda é um desafio

O professor doutor Emidio Matos, membro do Comitê Estadual de Operações Emergenciais contra a Covid-19 do Estado e do Núcleo de Estudos em Saúde Pública (NESP), comenta que existe uma preocupação com a baixa procura pela imunização das crianças - que iniciou em janeiro de 2022. 

(Foto: Divulgação/Sesapi)

Segundo os últimos dados divulgados pela Sesapi, o percentual de vacinação de crianças de 3 a 4 anos é de apenas 18% e segue sendo um desafio. Emidio Matos reforça a importância dos pais e responsáveis vacinarem os seus filhos e, assim, protegê-los contra o vírus. 

“É difícil entender porque os pais não estão procurando vacinar suas crianças. Não podemos esquecer que, em 2020, quando os primeiros casos começaram no Piauí, nossa torcida era que tivesse uma vacina. Agora nós temos. Portanto, precisamos fazer uma chamada para estes pais. Busquem as unidades de saúde para vacinar seus filhos. As vacinas são seguras e protegem vidas”, ressalta o especialista. 

A Covid-19 deixou e segue deixando muitas marcas. Apesar dos altos e baixos, os piauienses seguem com a esperança de que dias melhores virão. O ano de 2023 está iniciando e com ele potencializa-se o desejo de que a pandemia do coronavírus esteja somente em nossas memórias e não mais em nosso cotidiano. Mas, para tanto, precisamos fazer a nossa parte: manter a dose de reforço em dia, vacinar nossas crianças e buscar manter as medidas de segurança sanitária. 

Edição: Ithyara Borges
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