As tragédias marcaram o ano de 2022 no Piauí. As águas levaram vidas, as chamas apagaram sonhos, famílias foram destruídas e amigos perderam grandes inspirações. Um ano de perdas, de adeus e de lembranças.
JANEIRO
Chef de cozinha João Marcelo
Na noite de 01 de janeiro, o chef de cozinha João Marcelo (37) morreu afogado após ter seu carro arrastado para dentro de um córrego no bairro Satélite, zona Leste de Teresina, depois de um forte temporal registrado na capital. Além do chef, outras cinco pessoas estavam dentro do veículo, que conseguiram deixar o automóvel com a ajuda de um morador, que enfrentou a correnteza para socorrê-los. Infelizmente, João Marcelo ficou preso ao cinto de segurança e só foi retirado do carro após a água baixar.
(Foto: Reprodução/redes sociais)
Jornalista Lívio Galeno
O jornalista Lívio Galeno (36), âncora do telejornal O Dia News, morreu no dia 05 de janeiro. Ele estava internado desde o dia 1º para tratar de uma pneumonia e uma infecção generalizada. Lívio era natural de Parnaíba, casado com Thalita Lima e pai da pequena Eva (05). No dia 09 de dezembro ele foi homenageado com a placa comemorativa do projeto “Se Essa Rua Fosse Minha”, edição 2022. Em 2018, Lívio foi o primeiro jornalista contratado para atuar na O DIA TV. Teve como primeiro desafio apresentar os boletins diários veiculados na emissora recém fundada. Em seguida, assumiu o comando do telejornal O DIA News.
(Foto: Arquivo ODIA)
FEVEREIRO
Wana Sara
A professora e servidora pública Wana Sara Cavalcante (39) morreu afogada após ter o carro arrastado para uma galeria da zona Leste de Teresina. O trecho estava em obra e é conhecido por ser um ponto de alagamento crítico no período chuvoso. O corpo foi encontrado dois dias depois no Parque Ambiental Floresta Fóssil, 1,5 km do local do acidente. Três pessoas foram indiciadas por homicídio doloso. Em abril, a Câmara de Teresina aprovou a Lei Wana Sara, que previa o pagamento de indenização às vítimas de enxurradas na capital, mas foi vetado pelo prefeito Dr. Pessoa.
ABRIL
Médico Glauto
O oncologista Glauto Tuquarre Melo, 49 anos, morreu durante um voo internacional para o Catar. Dois dias antes ele havia se casado com a jornalista Lícia Dutra. Os dois embarcaram com destino às Ilhas Maldivas, onde passariam a lua de mel. Glauto sentiu dores no peito e foi atendido por outros médicos que viajavam no mesmo avião. Glauto não resistiu e faleceu dentro da aeronave.
AGOSTO
Crianças de Nazária
O mês foi marcado por uma tragédia no município de Nazária. Cinco pessoas da mesma família morreram afogadas no Rio Parnaíba. As vítimas tinham idade entre 08 e 16 anos. Marcos Vinícius Sales Santos (08), Eduarda Kemylly da Conceição Silva (09), Ana Ketlelly da Conceição Silva (11), Vitória Emanuelle Sales Santos (13) e José da Cruz Alves (16). O corpo da última vítima, Ana Ketlelly, ficou desaparecido por dois dias e foi encontrado por pescadores no dia 30 próximo a uma empresa de fabricação de polpas na estrada da Cerâmica Cil, zona rural Sul de Teresina.
(Foto: Assis Fernandes/ODIA)
SETEMBRO
Afogamento em Timon
Três pessoas da mesma família morreram afogadas durante um banho no Rio Parnaíba, em Timon, no Maranhão. Rosinete Moraes era irmã de Ronaldo Moraes e tia de Rute. Ao avistar a sobrinha se afogando, os tios pularam no rio para tentar salvá-la e acabaram morrendo. O corpo da mulher foi encontrado no mesmo dia. Já os corpos de Ronaldo e Rute foram localizados no dia seguinte.
(Foto: Assis Fernandes/ODIA)
Radialista Paulo Márcio
O radialista Paulo Márcio Nunes de Oliveira morreu após sofrer um infarto agudo do miocárdio, aos 48 anos, enquanto se preparava para iniciar o programa ‘Tamo Junto’, da FM O Dia, que apresentava diariamente nas tardes da emissora. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital de Urgência de Teresina (HUT), mas não resistiu.
OUTUBRO
Incêndio em Parnaíba
Três crianças morreram vítimas de um incêndio na cidade de Parnaíba. Os irmãos Francisco Ayllan (06), Maria Eloá (04) e Francisca Aylla (07) foram deixados sozinhos em casa, quando houve uma explosão seguida de incêndio. Francisco e Eloá foram socorridos e encaminhados ao Hospital, mas vieram a óbito no mesmo dia. Aylla, que estava em estado gravíssimo, morreu seis dias. O Corpo de Bombeiros não identificou o que teria causado o incêndio.