“Anseio o que o futuro tem pra mim, mais ainda o que penso ter no presente istante, no mistério das dobras em que o destino dá”, as palavras abrem o último poema postado pela estudante Janaína da Silva Bezerra , morta após ter sido violentada sexualmente e ter o pescoço quebrado dentro do campus Petrônio Portella, na Universidade Federal do Piauí.
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FOTO: Arquivo Pessoal
Em uma página chamada @mie.poesie Janaína compartilhava poemas de sua autoria e falava sobre a poesia afro brasileira. No último texto, publicado no último dia 02 de janeiro, a estudante falou sobre a esperança e o futuro que esperava viver:
“Anseio o que o futuro tem pra mim
mas ainda o que penso ter no presente
istante
no mistério das dobras em que o destino
dá
ou arranca
fazendo parecer que foi meu algum dia
do passado
aponto pela hora que ele me devore
por um enigma mal decifrado
no momento
me vivo
e vivendo
me viro
as vezes me retiro
na pausa, me celebro
e vejo
e vou
com os pulmões arfando
ao encontro do que me espera”